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Inteligência artificial

O melhor caminho para tornar os robôs menos burros talvez seja ensiná-los a viver em sociedade - igualzinho a nós

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h49 - Publicado em 19 fev 2011, 00h00

Texto Luciana Christante

“Em 20 anos, as máquinas serão capazes de fazer tudo o que o homem pode fazer”, disse o psicólogo americano H.A. Simon, um dos pioneiros da inteligência artificial (IA). Mas isso foi em 1965. Previsões desse tipo ainda são comuns, só que sua realização sempre é adiada para um futuro mais ou menos próximo. Afinal, as sonhadas máquinas inteligentes são mesmo possíveis?

Para muitos especialistas, o ideal segue firme e forte, mas é preciso corrigir a rota, pois a IA tem falhado na sua promessa básica: construir um sistema inteligente de competência geral. Para alcançar esse objetivo, é preciso que ele se comporte de forma autônoma e flexível em ambientes dinâmicos e imprevisíveis. Em outras palavras, a inteligência social (ou emocional) é o novo norte adotado pela IA e pela robótica no século 21.

A guinada rumo a robôs “sociáveis” vai na contramão de uma tendência que dominou as pesquisas nas últimas décadas: o desenvolvimento de componentes que imitam o corpo e o comportamento humano. Reconhecimento de voz, de luz e imagens e sistemas que permitem a tomada de decisões são exemplos disso. Não foi perda de tempo, claro. Essas peças de IA permeiam nosso cotidiano (automação industrial, logística de transportes, softwares, games etc.), mas é hora de integrá-las e fazer as máquinas aprender regras sociais, comportar-se de acordo com elas e, inclusive, subvertê-las, como também é próprio de qualquer ser humano.

Máquinas espertas

Alguns robôs criados por Dario Floreano, do Instituto Federal de Tecnologia da Suíça, já são capazes de ajudar ou sacanear seus semelhantes. O cientista se inspirou numa estratégia da natureza. Os primeiros robôs receberam 30 genes (códigos de programação) que os instruíam a se movimentar conforme a luz do ambiente, no qual havia fontes de alimento ou de “veneno” (que carregavam ou descarregavam suas baterias, respectivamente). Então os genes dos que se mostraram mais aptos em obter energia foram recombinados para dar origem a descendentes, e assim sucessivamente. Na 50a geração, alguns deles, apresentados ao mundo em 2008, não apenas indicaram as fontes de alimento já conhecidas a alguns colegas como também iludiram outros, direcionando-os até o veneno.

Elbot é outro representante da nova geração de robôs espertinhos – um chatbot, na verdade, isto é, um chat robótico. Ele ficou famoso no ano passado ao participar de um concurso na Universidade de Reading (Reino Unido) baseado num princípio do matemático britânico Alan Turing (1912-1954). No teste de Turing, jurados humanos trocam mensagens simultaneamente com uma máquina e uma pessoa, sem saber quem é quem. Se não puderem fazer a distinção, a inteligência artificial é comparável à humana. O irônico Elbot confundiu 3 dos 12 jurados e levou o prêmio. Seu grande trunfo foi conseguir improvisar piadinhas.

A máquina 100% inteligente (segundo o teste de Turing) ainda deve consumir algumas décadas de pesquisa, o que não impede a reedição de certas previsões futuristas. A mais exótica vem do britânico David Levy, autor do livro Love and Sex with Robots (2007, inédito no Brasil). Segundo ele, em 2050 as pessoas estarão fazendo sexo com androides e até se casando com eles. Não parece muito excitante, mas, se chegarmos mesmo a esse ponto, talvez esses robôs sirvam pelo menos como estepe numa noite solitária…

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