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Laser é luz em mão única

Ninguém as vê, mas elas estão em toda parte, cozinhando, controlando o trânsito e até fazendo cirurgias.

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h50 - Publicado em 31 out 1999, 22h00

Quando o homem aprendeu a criar feixes de luz laser, em 1960, costumava-se dizer que a invenção era “uma solução em busca de um problema”. Acreditava-se que eles não serviam para nada. Em 1981, o físico americano Arthur Schawlow, co-autor da descoberta, disse em seu discurso ao receber o Prêmio Nobel que, se na época alguém estivesse procurando por esse caminho uma cura para a catarata, o laser jamais teria aparecido.

Seu nome deriva de uma sigla em inglês para “amplificação de luz pela emissão estimulada de radiação”. O princípio é até simples. Qualquer material, quando esquentado, emite luz. Só que essa emissão se dá em vários comprimentos de onda (a luz emitida tem várias cores diferentes misturadas). Mas imagine que, exatamente no momento em que os átomos do material vão emitir luz, alguém jogue sobre eles uma outra luz de comprimento de onda bem definido. Aí, todos vão emitir nesse mesmo comprimento de onda ou, em outras palavras, vão emitir coerentemente.

No laser, os fótons (partículas de luz) são obrigados a caminhar em fila indiana, diferentemente do que acontece com uma lâmpada caseira, que espalha luz em todas as direções. Concentrados, enfileirados, disciplinados, os fótons que compõem o laser podem se tornar extremamente potentes, funcionando como raios de calor capazes de cortar espessas chapas metálicas. Ao mesmo tempo, podem ser dosados com muita precisão. Assim, servem como “bisturis de luz” para cirurgias oftalmológicas, sem queimar o olho do paciente.

Essa tecnologia foi patenteada em 1957. Três anos depois, o primeiro protótipo entrou em funcionamento. Hoje, o laser é usado em áreas tão diversas quanto a Medicina, a indústria e os armamentos. Além de operar cataratas e canais dentários, ele pode ser usado para medir com precisão a distância entre a Terra e os planetas, tocar música em CDs, criar hologramas e transmitir dados de computador.

Radar nasceu como arma de guerra

Diz-se que a bomba atômica terminou com a II Guerra Mundial, mas foi sem dúvida o radar que deu a vitória aos Aliados. Sem essa máquina, talvez o desfecho do conflito tivesse sido outro. Toda a costa leste da Inglaterra foi cercada por esse aparelhos e assim foi possível detectar com antecedência a aproximação de aviões nazistas que iam bombardear a ilha. Tudo começou quando o governo inglês consultou um especialista a respeito de criar um “raio da morte” para destruir os aviões alemães que despejavam bombas sobre o país. Destruí-los não dava, disse ele, mas seria possível prever sua aproximação.

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Nas décadas seguintes, o radar virou uma espécie de cinto de utilidades do Batman. Uma empresa americana listou em 28 volumes as tecnologias que derivaram de sua invenção. Entre elas estão o telefone celular, o forno de microondas, o transistor e a ressonância nuclear magnética, esta última usada hoje em exames médicos.

Microondas dominam as cozinhas

O engenheiro americano Percy Spencer adorava levar guloseimas para o trabalho, numa fábrica de radares. Certa vez, em 1946, ele deixou, sem querer, uma barra de chocolate perto de um equipamento e viu que sua sobremesa havia derretido. Curioso, percebeu que era uma fonte de microondas que estava gerando a radiação que liquefez seu chocolate. O forno de microondas nasceu assim. Muito grande, no começo só era usado em restaurantes. Pesava 300 quilos e, por vezes, ficava tão quente quanto os alimentos que devia esquentar. Por causa disso, a invenção ficou na prateleira até meados da década de 1970, quando entrou no mercado uma versão menor. Nos Estados Unidos, suas vendas já ultrapassaram as dos fogões a gás.

Um momento histórico

De glória: precisamente às 8 horas e 1 minuto de 26 de junho de 1974, um pacote de chicletes Wrigley com um código de barras impresso foi passado pela registradora do supermercado Marsh, na cidade americana de Troy, no Estado de Ohio. Na Inglaterra, o pioneiro foi o chá em saquinhos Melrose. Esse código, hoje presente em quase tudo o que se vende ou paga, foi inventado pela empresa americana IBM em 1973. Sua popularidade só foi possível devido ao barateamento e à difusão de instrumentos de leitura baseados em luz laser.

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