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Lendário tesouro Inca naufragado em navio espanhol pode ter sido localizado na Flórida

Máscara funerária pré-colombiana teria aparecido em praia — indicando a proximidade de um lendário tesouro inca estimado em US$ 4 bilhões que naufragou em 1715.

Por A. J. Oliveira
Atualizado em 25 jan 2019, 12h58 - Publicado em 25 jan 2019, 12h57

Imagine estar andando por uma bela praia da Flórida e, de repente, dar de cara com uma máscara funerária cuja aparência estética dá todos os indícios de ter sido fabricada por povos pré-colombianos. É justamente o que um professor adjunto do MIT afirma ter acontecido na praia de Melbourne, ao sul do Cabo Canaveral. De acordo com uma reportagem publicada na imprensa local, Mike Torres e uma equipe de pesquisadores da Seafarer Exploration localizaram este e outros artefatos históricos no local.

Foi o que deu a eles a esperança de encontrar algo ainda mais valioso: um grande tesouro do povo inca que teria naufragado na região a bordo de um navio espanhol, em 1715. Responsáveis pelas buscas afirmam que o navio no qual as riquezas eram transportadas partiu de um porto cubano e seguia rumo à Espanha, quando afundou por  no dia 31 de julho daquele ano. Além da máscara, a maré trouxe para a mesma praia outros objetos supostamente provenientes da embarcação, como balas de canhão e uma pistola.

Segundo a imprensa local, o valor total das peças preciosas no fundo do mar é estimado em US$ 4 bilhões. Parece um pouco exagerado. A Seafarer Exploration é uma empresa que conduz buscas submarinas por tesouros naufragados: após a descoberta dos objetos na praia, requisitaram ao órgão de pesquisa arqueológica do estado da Flórida permissão para explorar a região. Foram autorizados em 2014 e, desde então, tentam localizar o naufrágio.

De acordo com a legislação local, a empresa tem direito a 80% do valor do tesouro, enquanto o governo estadual fica com os 20% restante. Mike Torres afirma que a máscara deve ter sido roubada pelos espanhóis de alguma tumba inca especial, já que o artefato é feito sobretudo de cobre, mas contém também pequenas quantidades de ouro, prata e irídio — material que diz ter sido extraído de meteoritos. Mas, como aponta um artigo do site Ancient Origins, algumas alegações são um pouco confusas e desencontradas.

Ao contrário do que sugere Torres, o irídio não precisaria teria sido retirado de objetos vindos do espaço, já que traços dele podem ser encontrados naturalmente no minério de ouro. A equipe também teria inflado a idade da máscara, afirmando que ela teria sido forjada há dez milênios – segundo especialistas, o objeto só pode ter, no máximo, 800 anos.

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Torres parece pecar pelo exagero com frequência – chegou a afirmar que se trata do exemplar mais antigo de fundição de metal… Especialistas no assunto afirmam que os primeiros a derreter ligas metálicas na América do Sul foram o povo Wankarani, nativos do altiplano boliviano, entre os anos 900 e 700 antes de Cristo.

Imprecisões históricas à parte, levando em consideração os objetos encontrados na praia, é provável que, de fato, haja um naufrágio cheio de artefatos interessantes perto da costa da Flórida. Se, de fato, ele estiver cheio de objetos raros de sociedades extintas – mesmo que o “tesouro” fique abaixo dos 4 bilhões, – os envolvidos em localizá-lo e retirá-lo do mar estarão muito ricos. E nós conheceremos um pouco mais das riquezas que os europeus saquearam da civilização andina séculos atrás.

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