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Nasa vai pesquisar os asteroides mais estranhos do Sistema Solar

Na próxima década, os projetos espaciais vão estudar os asteroides de Júpiter e um misterioso corpo metálico para desvendar a infância do nosso Sistema.

Por Giselle Hirata
Atualizado em 5 jan 2017, 18h57 - Publicado em 5 jan 2017, 14h30

Com pouca verba para grandes empreitadas, a Nasa anunciou duas novas missões de baixo custo, chamadas de “Lucy” e “Psyche”. Elas fazem parte do programa Discovery, que investe em estudos dentro do nosso Sistema Solar.

Lucy vai investigar o asteroides troianos, que dividem a órbita com Júpiter, e deve ser lançada em outubro de 2021. A expectativa é que a missão ajude a esclarecer os mistérios dos primeiros dias do nosso sistema. O nome do projeto, inclusive, é uma homenagem ao fóssil australopiteco de 3,2 milhões de anos que ajudou a desvendar a origem da evolução humana.

Se tudo der certo, também será possível visitar um asteroide localizado entre Marte e Júpiter em 2025, e mais seis troianos entre 2027 e 2033. “É uma oportunidade única. Os troianos são remanescentes do material primordial que formou os planetas exteriores e têm pistas vitais para decifrar a história do Sistema Solar. Lucy, como o fóssil humano que inspirou seu nome, revolucionará a compreensão de nossas origens”, disse o pesquisador Harold Levison, da Southwet Research Institute em Boulder, no Colorado, em nota oficial da Nasa.

A segunda missão, Psyche, está prevista para outubro de 2023 e vai explorar um dos objetos mais estranhos do sistema, o 16 Psyche.

O asteroide metálico tem 210 quilômetros de diâmetro e é composto de ferro e níquel. Pesquisadores acreditam que ele pode ser o núcleo de um antigo planeta do tamanho de Marte. Colisões violentas, ocorridas há bilhões de anos, poderiam ter removido suas camadas de rocha.

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“16 Psyche é o único objeto desse tipo no sistema solar e esta é a única maneira de o seres humanos de visitarem o núcleo de um planeta. Aprenderemos sobre o espaço interior visitando o espaço exterior”, explicou  Lindy Elkins-Tanton, da universidade do Arizona e um dos pesquisadores à frente da missão, em nota à imprensa. 

O programa Discovery, fundado em 1992, tem missões com custos mais modestos. Toda a operação, incluindo a construção da espaçonave e o lançamento, não podem ultrapassar o valor de US$ 450 milhões.

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