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Nosso cérebro é mais capaz de pensar coisas aleatórias aos 25 anos

Nessa idade, nossas habilidades cognitivas e criatividade estão no auge

Por Guilherme Eler
31 Maio 2017, 19h16

Calma, há tempo para tudo nessa vida.

Por mais que soe como uma frase clichê, daquelas que parecem ter saído do último sermão da sua mãe, há bastante respaldo científico nessa ideia. Existem momentos certos na vida em que nos daremos melhor ao fazer uma série de coisas. Por exemplo: para aprender uma língua estrangeira, nosso cérebro estará voando aos dez anos. Da mesma maneira, teremos mais facilidade em lembrar dos nomes de pessoas aos 24. O auge do vocabulário chega aos 70 e, aos 80, você terá estabilidade emocional como nunca antes.

Um grupo internacional de cientistas acaba de adicionar mais um item para essa lista. Segundo sua pesquisa, publicada no periódico PLOS Computational Biology, os 25 anos são a idade em que nosso cérebro opera de forma mais random. Portanto, fazer escolhas e tomar decisões aleatórias, nessa época, é mais fácil do que nunca. A habilidade, no entanto, começa a declinar na velhice, diminuindo para valer a partir dos 60.

Esses números foram depreendidos a partir de um experimento feito com mais de 3400 voluntários, com idade entre 4 e 91 anos. Cada participante teve seu desempenho monitorado por meio de cinco tarefas online. Elas envolviam, por exemplo, elaborar uma sequência aleatória de resultados para o lançamento de 12 moedas e 10 dados.

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Nesses desafios, eles tinham de criar uma sequência de caras ou coroas, ou números (no caso dos dados). O objetivo era que essa sequência fosse a mais próxima possível da que aconteceria se alguém realmente lançasse esses objetos por acaso e anotasse o resultado. Por exemplo, uma sequência de 6 lançamentos de moedas dificilmente daria C-C-C-C-C-K (com “C” para coroa e “K” sendo cara”). Isso porque é muito pouco provável que em 6 oportunidades apareçam cinco coroas seguidas. Os voluntários tinham de evitar, então, sequências assim, imitando outras que aparentassem ser mais possíveis de acontecer.

De acordo com a pesquisa, quanto mais velhos eram os participantes, mais difícil era para eles criar sequências que parecessem frutos do acaso. As respostas dadas por pessoas de 25 anos, no entanto, convenciam bem mais: elas foram apontadas como mais prováveis de serem reais por algoritmos criados pelos pesquisadores. Essa habilidade está ligada a uma maior atividade cerebral, que é de fato mais intensa nessa idade.

Saber desenvolver um maior número de respostas diferentes – e que façam sentido para alguém – é algo que apenas humanos com altas habilidades cognitivas são capazes. Isso significa que você provavelmente terá os insights mais criativos, por exemplo.

Se você, leitor, veio acumulando ao longo dos anos uma lista de coisas para fazer antes dos 20 – ou dos 30, dos 40… – talvez valha repensar esses prazos. Não que a ciência queira lhe impedir de fazer qualquer coisa quando der na telha. Talvez, você só esteja preparado para aproveitar ao máximo a experiência algum tempo depois – no tempo do seu cérebro, quem sabe.

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