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Nova forma de vida indica como poderão ser os ETs

Cientistas descobrem que a vida pode ser baseada em silício. Se você quer imaginar um alienígena real, esqueça o ET e pense na Horta, de Star Trek.

Por Ana Carolina Leonardi Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 26 nov 2016, 19h44 - Publicado em 25 nov 2016, 16h21

Uma nova descoberta da CalTech, o Instituto de Tecnologia da California, pode mudar tudo o que sabemos sobre como a vida se forma – e do que são feitos os extraterrestres.

Quando buscamos evidências de vida extraterrestre, geralmente temos dois objetivos: 1) encontrar água e 2) encontrar matéria orgânica. Se você se lembra das aulas de química, sabe que moléculas orgânicas são aquelas que têm como base o carbono, que se liga aos demais elementos para formar tudo aquilo que chamamos de vida – pelo menos no planeta Terra.

O silício seria um ótimo candidato a parceiro do carbono para abrigar a vida: também é capaz de fazer 4 ligações atômicas e formar longas cadeias, além de ser o segundo elemento mais comum na nossa crosta terrestre. Ainda assim, na Terra, o silício fica de um lado e a vida do outro: não existe um único ser vivo por aqui que consiga incorporar o silício naturalmente, formando ligações carbono-silício.

Até agora, é claro. Os pesquisadores da CalTech conseguiram, pela primeira vez, fazer com que células vivas criassem a conexão entre o carbono e o silício, usando apenas os princípios de Darwin: evolução acelerada em laboratório.

Os cientistas selecionaram uma espécie de bactérias que vive em fontes termais da Islândia. O citocromo c, uma proteína que fica dentro das mitocôndrias, foi a escolhida para tentar alcançar o feito de unir naturalmente o silício e o carbono.

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Eles criaram diversas mutações para o DNA que codifica essa proteína. Aí, escolheram as que pareciam mais adequadas e foram refazendo essa seleção artificial até chegar na proteína desejada: “É como cruzar cavalos de corrida”, explicou Frances Arnold, chefe do laboratório responsável pela pesquisa. “Você precisa reconhecer a habilidade inerente do cavalo e extraí-la a cada geração. Estamos fazendo isso com proteínas”.

Demorou apenas três “rodadas” de cruzamentos entre as mutações mais favoráveis para que as enzimas estivessem criando as ligações silício-carbono – e com 15 vezes mais eficiência do que qualquer reação química feita antes em laboratório.

Para a indústria, isso pode significar uma diminuição enorme de custos. Hoje em dia, criar a ligação de forma sintética envolve metais preciosos, solventes tóxicos e muito processamento. Já versão “natural” feita por enzimas realiza a reação em água e em temperatura ambiente.

Tá, mas e os aliens?

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O estudo mostra que a natureza é capaz de se adaptar para incorporar silício em moléculas baseadas em carbono. E faz isso muito rápido: em células simples mutadas em laboratório, levou só 3 gerações para acontecer – praticamente a velocidade da luz em termos evolutivos.

Só esse fato já aumenta muito as chances de que, em outro planeta e em outras condições, tenha surgido matéria orgânica com base em silício. Isso pode mudar completamente nossa concepção de seres alienígenas: ao invés dos extraterrestres que vemos no filme Alien, pode ser que o Universo contenha parentes da Horta, uma espécie inteligentíssima com base em silicone que apareceu na série original de Star Trek.

Imaginar como seria o metabolismo de um alien de silício, no entanto, é um exercício interessante. Quando liberamos energia através da respiração, temos um composto de carbono oxidado – o CO2, ou gás carbônico. Facinho de eliminar, certo? Com o silício não é tão simples: o subproduto da respiração, nesse caso, seria o dióxido de silício. É a sílica, o principal componente… da areia de praia. Imagine ter que excretar um pequeno Saara todos os dias, a cada fungada. Seria uma boa explicação para o mal humor dos ETs em Independence Day.

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