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Novidades embaixo d¿água

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h34 - Publicado em 31 ago 2004, 22h00

Dante Grecco

O mar brasileiro não é mais o mesmo. Ao menos para os biólogos, que andam encontrando uns bichos um tanto esquisitos por aqui. A principal novidade é o peixe aí embaixo, descoberto no litoral de Santa Catarina e do Rio de Janeiro. Trata-se de uma espécie nunca antes observada de quimera, peixe cartilaginoso aparentado dos tubarões e raias. Batizada com o nome de Hydrolagus sp., a espécie só é encontrada por aqui e, de tão antiga, pode ser considerada fóssil vivo: deve ter surgido entre 150 milhões e 180 milhões de anos atrás e pouco mudou desde então. “São animais contemporâneos dos dinossauros”, diz Jules Soto, da Universidade do Vale do Itajaí, de Santa Catarina, que descobriu o animal junto com pesquisadores da Fundação Universidade Federal do Rio Grande, do Rio Grande do Sul.

O bicho é peculiar. Ele tem um espinho venenoso, chamado acúleo, usado para se defender dos predadores, e olhos que brilham na escuridão do oceano profundo, tão sensíveis que podem enxergar com um mínimo de luminosidade. Também tem terminações nervosas expostas que detectam o mais leve movimento de predadores ou presas. Mas não se preocupe: as chances de você topar com um na praia são mínimas. A quimera foi encontrada a 370 quilômetros da costa e não é tão hábil assim se chegar perto da superfície. “Ela vive entre 350 e 700 metros de profundidade. Por isso, assim que chega próximo a águas mais rasas, o aumento de luz faz o animal ficar cego”, diz Jules. Acompanhe agora aí ao lado o que rola de novo nas águas do país.

Peixe do interior

Até em Minas Gerais, que não tem praia, os cientistas descobriram um novo peixe. Ele vive em cavernas e grutas e já havia sido descrito há 40 anos. Só que de forma errada, quando dois cientistas americanos acharam que era um lambari. Em abril, cientistas do Instituto de Biociências e do Museu de Zoologia da USP capturaram 25 exemplares do peixe, que mede 5 centímetros de comprimento, em poços artesianos em Jaíba, no norte do estado, onde eles são conhecidos como “piabinhas cegas”. Os biólogos garantem que, apesar da semelhança, os peixinhos não têm parentesco com os lambaris. E já sabem que eles, além de viver em um lugar com pouco alimento, têm características de espécies exclusivamente subterrâneas, como ausência de olhos e de cor.

Onde nascem os tubarões

Um berçário de cinco espécies de tubarão existe a 1 quilômetro de Itanhaém, em São Paulo. Não se preocupe: são espécies que atacam pouco os humanos, mas divertem os biólogos. “É a primeira área como essa que encontramos no Brasil”, diz Otto Gadig, do Projeto Cação, da Universidade Estadual Paulista, responsável pela pesquisa. A região, de 50 quilômetros quadrados, é próxima à foz de vários rios – um paraíso, se visto por um tubarão-filhote. “Esses lugares oferecem alimento e proteção contra os predadores que vivem em mar aberto, o que reduz a taxa de mortalidade dos filhotes”, diz Otto.

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