Os jacarés brasileiros sofrem de um mal que até agora só havia sido observado em seus semelhantes de outros países, principalmente da América do Norte e da África: o nanismo. Os doentes não só crescem menos, como têm menor apetite que os jacarés normais, por isso são magros e enfraquecidos. Essa é a conclusão de um grupo de estudantes da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP, em São Paulo. “Trata-se de uma doença muito parecida com a chamada síndrome de Hunt. Mas até agora ninguém sabe o que torna os jacarés anões”, conta Luís Adriano Teixeira, um dos estagiários encarregados de cuidar desses animais.
“Até então, não se tinha notícia desse mal por aqui. Pode ser que, por serem pequenos e mais frágeis, os jacarés anões acabavam vítimas de seus predadores naturais.” Orientados por especialistas do departamento de Patologia daquela faculdade, os estudantes estão tentando descobrir como cuidar de jacarés doentes. Impossíveis de serem detectados no habitat natural, vários problemas de saúde dos jacarés só foram conhecidos depois que eles passaram a ser criados para o abate, em cativeiro.