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O que é o gás VX?

Arma discreta extremamente letal, o VX é difícil de ser detectado, pois não tem odor nem gosto

Por Redação Mundo Estranho
Atualizado em 22 fev 2024, 10h40 - Publicado em 16 dez 2013, 12h59

O mais poderoso agente químico criado pelo homem tem efeito rápido, é de alta letalidade e consegue permanecer no ambiente por longos períodos. Como o sarin (arma química abordada na primeira parte desta série), o VX ataca o sistema nervoso e atua de forma similar a um pesticida.

O agente foi descoberto acidentalmente em 1954, na Inglaterra, enquanto cientistas pesquisavam novos inseticidas.

A substância foi encaminhada aos militares, que a transformaram em arma química ao longo da década usando a mesma fórmula molecular, mas modificando a sua estrutura química (processo conhecido como isomerismo). As nações que mais trabalharam no aperfeiçoamento do agente foram a Grã-Bretanha e a Rússia. A produção e o armazenamento do VX são considerados crime internacional de acordo com as leis da Convenção de Armas Químicas de 1993.

GÁS NA TELONA

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O VX aparece de forma exagerada – com propriedades corrosivas que o agente não tem – no filme A Rocha (1996), com Nicolas Cage e Sean Connery

Se inalada, a dose letal do VX mata em 15 minutos

Arma discreta Extremamente letal, o VX é difícil de ser detectado, pois não tem odor nem gosto

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DURO DE TIRAR

O VX ataca o sistema nervoso “descontrolando” enzimas que equilibram as funções musculares e glandulares. O excesso de estímulo leva ao colapso muscular e a causa de óbito mais comum é a falência respiratória. Como não degrada com facilidade e a remoção com água também não é eficiente, o agente permanece nos ambientes por muito tempo

AGENTE RESISTENTE

Oleoso e de cor âmbar, vaporiza se aquecido a altas temperaturas – daí o nome “gás” – tendo o mesmo ponto de vaporização que um óleo de motor. Persiste em baixas temperaturas e, apesar da baixa volatilidade, pode ser aplicado em reservatórios de água, contaminando por ingestão ou contato com a pele

COMBATENDO O VX

Em caso de contaminação, as instruções são: sair da área contaminada, buscar locais altos e arejados, tirar a roupa e guardá-la em saco plástico para futura análise, lavar-se com água e sabão e procurar ajuda médica. Se ocorrer ingestão, não forçar o vômito nem ingerir fluidos. Injeções de atropina e pralidoxima combinadas a antiepiléticos agem como antídoto

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FACES DA MORTE

A dose letal do VX (gasoso) por inalação, em alguém com 70 kg, é de 30 mg/min/m3 (mais que o dobro da eficiência do sarin, que precisa de 70 mg/min/m3 para ser letal). Perda de consciência, convulsões e paralisia acontecem entre dois e dez minutos antes da morte. Instabilidade na pressão sanguínea, sonolência, náusea, vômito e tremores também ocorrem

VENENO EM AÇÃO

Uso do gás em guerras nunca foi confirmado

Assim como as armas biológicas e nucleares, os arsenais químicos foram banidos gradualmente por uma série de convenções internacionais e dificilmente serão usados por exércitos convencionais em um futuro próximo. A única suspeita de uso do VX aconteceu no conflito entre Irã e Iraque nos anos 80. Mais recentemente, o governo dos EUA divulgou que a Síria pode ter parte do seu arsenal de mísseis Scud equipada com ogivas de VX e apontada para Israel. Em agosto deste ano, uma suspeita de VX – que na verdade era um esmalte de unha – assustou a segurança do aeroporto JFK nos EUA.

Fontes Sites Center for Disease Control and Prevention (CDC), Federal Bureau of Investigation (FBI), BBC News, The Guardian, Daily Mail, globalsecurity.org e Federation of American Scientists; livros A Higher Form of Killing: The Secret History of Chemical and Biological Warfare, de Robert Harris e Jeremy Paxman, State Secrets: An Insider¿s Chronicle of the Russian Chemical Weapons Program, de Vil S. Mirzayanov, e War of Nerves: Chemical Warfare from World War I to Al-Qaeda, de Jonathan Tucker

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