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Parque Ecológico Baía Bonita e turismo com impacto ecológico mínimo

Quem disse que o turismo traz necessariamente devastação? O Parque Ecológico Baía Bonita aposta no turismo sustentável, aliando pesquisa científica com conservação ambiental

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h37 - Publicado em 31 Maio 2002, 22h00

Maria Fernanda Vomero, de Bonito, MS

É até lugar-comum chamar a nascente do rio Baía Bonita, também conhecida como Aquário Natural de Bonito, de “pedaço do paraíso”. Mas não consigo encontrar descrição mais adequada. As águas transparentes escancaram a riqueza de espécies aquáticas. Enquanto os visitantes flutuam e se divertem com a dança dos peixes, é comum ouvir piados de diversas aves e descobrir um macaco-prego mais atrevido bisbilhotando os forasteiros. Quando o biólogo José Sabino visitou o aquário, como turista, encantou-se com o local. E mais: percebeu que ali era um ambiente propício para pesquisas que contribuiriam para a conservação da biodiversidade.

Sabino começou assessorando os proprietários do Parque Ecológico Baía Bonita, onde se encontra a nascente, e acabou contratado como gerente ambiental. Desde o início das pesquisas, em 1995, várias mudanças foram incorporadas na infra-estrutura do parque e no passeio oferecido aos visitantes para diminuir o impacto do turismo. “Agregamos pesquisa e conservação à visitação”, diz ele.

Todas as trilhas passaram a ter calçamento de madeira reciclada para evitar o alargamento e a compactação do solo. Os turistas agora usam roupa de neoprene e coletes salva-vidas, que ajudam a flutuar e evitam que a areia e a vegetação do fundo sejam tocadas. E o hábito típico de visitante de dar milho aos peixes foi proibido para não alterar a cadeia alimentar. Regularmente, Sabino analisa os indicadores ambientais para medir o impacto do turismo.

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As pesquisas são realizadas graças ao convênio com a Universidade para o Desenvolvimento do Estado e Região do Pantanal (Uniderp). “Com o conhecimento da biodiversidade local, valorizamos a região e geramos sustentabilidade”, diz o reitor da Uniderp, Pedro Chaves dos Santos Filho.

Apesar dos 20 000 turistas que passaram pelo Aquário Natural em 2001, o impacto na natureza foi mínimo. As pesquisas realizadas levaram à descoberta de uma espécie de peixe e oito estudos estão em andamento. Só há um problema: o passeio pela nascente do Baía Bonita vicia. Impossível se contentar com uma visita só àquele pedaço do paraíso – palavra de repórter.

Os finalistas

O Projeto Garoupa é uma ampla pesquisa conduzida pela catarinense Universidade do Vale do Itajaí para conhecer os hábitos desse peixe que adorna a cédula de 100 reais. Ele mereceu um lugar na final por fornecer informações que certamente ajudarão a livrar a espécie da ameaça de extinção. O outro finalista é o Projeto Animalis, parte de um abrangente esforço da Faber-Castell para aumentar a biodiversidade na região onde mantém as suas áreas de reflorestamento.

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