Por que os elétrons não grudam no núcleo dos átomos?
Ninguém sabe direito. Aparentemente é uma conseqüência do seu movimento, ainda não devidamente explicado. “Não há justificativa conhecida para o comportamento dos elétrons”, afirma o físico Cláudio Furukawa, da Universidade de São Paulo, “apenas uma tentativa de descrição pela Mecânica Quântica.”
Hoje já se sabe que eles não giram em torno do núcleo em órbitas circulares, como os planetas em volta do Sol, conforme previa o modelo do físico Ernest Rutherford (1871-1937) em 1911. As órbitas são definidas pela quantidade de energia que comportam. Conforme muda essa quantidade – o que acontece quando se chocam –, pode haver até mudança de órbita. Eles nunca param. “Se parassem é bem possível que fossem, sim, em direção ao núcleo, grudando nele”, arrisca Furukawa. Só que isso não ocorre.
Caminhos diferentes
Os elétrons se movem de duas maneiras, mas nunca encostam no núcleo.
Os dois elétrons mais próximos do núcleo se movimentam sem parar numa área esférica. Nunca se tem certeza do ponto exato em que estão.
Os demais andam por áreas alongadas, como balões esticados. Embora passem perto do núcleo, também não chegam a tocá-lo.