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Pássaros que ficam com parceiros no inverno têm mais filhotes

Os puffins (Fratercula arctica) passam a vida com um só "namorado" – e tem mais filhotes quando ficam próximos dele na temporada de migração

Por Bruno Vaiano Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
17 abr 2017, 18h20

Você está disposto a largar a vida de solteiro, mas está faltando um casamento de sucesso para te inspirar? Seus problemas acabaram. Os puffins estão aqui. Esses pássaros bicudos são fiéis a seus parceiros por toda a vida, e não conseguem ter filhotes se passarem os meses de inverno – quando ocorre a migração – longe de seus amores.

A conclusão é de pesquisadores da Universidade de Oxford, na Inglaterra, que prenderam rastreadores nos pés de 12 casais de Fratercula arctica – nome científico do animal com jeito de Pokémon –, e então usaram GPS para mantê-los sob vigilância durante quatro anos.

Nesse período, é claro, os pares enfrentaram quatro invernos juntos, e, por consequência, quatro períodos de migração – quando pássaros de várias espécies se afastam do lugar em que costumam ficar em busca de alimento e melhores condições climáticas. Com a dispersão geográfica, a chance de um membro do casal se perder do outro é bem maior (e com um céu desse tamanho, o mais provável é que eles nunca mais voltem a se encontrar).

Apesar da estatística desanimadora, os noivos puffins tentam, na medida do possível, seguir rotas migratórias similares. Quando eles conseguem se reencontrar na primavera, acabam botando mais ovos mais rápido que o normal, e os filhotes também crescem mais saudáveis. É muita felicidade para um bico só. Manter as rotas similares, é claro, também ajuda a sincronizar a chegada dos pássaros em casa na volta da “viagem”, o que significa que eles começam a se reproduzir algumas semanas mais cedo que o resto.

A união é estável e os pássaros são fiéis, mas eles não se importam de se separar quando é necessário. “Na média, priorizar as condições individuais ainda é mais importante para esses pássaros do que manter contato com seus parceiros fora da temporada de reprodução”, esclareceu Annette Fayet, líder do estudo. “Uma explicação possível para isso é que puffins fêmeas que passam mais tempo ‘abastecendo’ [se alimentando e ganhando forma física] no inverno voltam à colônia em melhores condições e são capazes de botar ovos de maior qualidade, com bebês mais fortes.”

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Em resumo? O amor ajuda, mas um pouco de independência não faz mal para ninguém.

Abaixo, um vídeo de um casal de Fratercula arctica se “beijando”. Ou, na terminologia científica, billling, termo sem tradução precisa em português. 

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