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Pássaros que vivem na cidade são mais inteligentes e saudáveis do que os silvestres

As dificuldades das cidades podem ter deixados os animais mais atentos

Por Felipe Germano Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h59 - Publicado em 23 mar 2016, 19h30

Nada como a malandragem urbana. Uma pesquisa realizada pela universidade canadense McGill apontou que pássaros que vivem na cidade são mais espertos do que seus primos rurais – e também têm uma saúde melhor.

O estudo analisou 53 pássaros da espécie Loxigilla barbadensis. Os animais foram capturados em 8 pontos diferentes da ilha de Barbados, alguns mais e outros menos urbanizados. Os pássaros, então, foram submetidos a testes que verificavam como eles lidavam com desafios de inteligência e como estava seu sistema imunológico. Pois os animais urbanos se deram melhor em todas as etapas do estudo.

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Os testes de inteligência faziam com que os pássaros pensassem em diferentes formas de conseguir alcançar seu alimento. A ideia é que a inovação seria útil tanto para os animais urbanos, quanto os selvagens. Nos desafios, os animais tinham que abrir compartimentos, identificar mecanismos, e identificar cores. Só 26% dos animais coletados na natureza conseguiram completar os testes de raciocínio – já o índice entre os bichos da cidade foi praticamente o dobro, 50%. O vídeo de um dos desafios você consegue ver abaixo:

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Mas a grande surpresa do estudo foi a saúde dos pássaros da cidade. Os animais tinham um sistema imunológico superior ao dos animais selvagens.  “Como os pássaros urbanos foram melhores na resolução de problemas, nós esperávamos que aconteceria uma troca e que a imunidade deles seria mais baixa, só porque presumimos que não se pode ser bom em tudo. Parece que, nesse caso, os pássaros da cidade vencem em tudo”, afirmou em comunicado Jean-Nicolas Audet, estudante de biologia da universidade e autor do projeto

Os pesquisadores acreditam que os resultados sejam melhores para os pássaros da cidade porque eles estão em constante contato com situações adversas, como constante mudança nos alimentos encontrados, perturbação humana e doenças. Todos esses problemas acabaram selecionando os indivíduos mais fortes.

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