Não é só você que se bronzeia quando vai à praia. Para surpresa dos biólogos Christopher e Gwen Lowe, da Universidade do Havaí, o tubarão-martelo também. Esta é a primeira vez que se vê esse fenômeno em animais marinhos. Os dois pesquisadores transferiram filhotes desse peixe, natural dos mares tropicais, para um aquário raso, na Universidade do Havaí. Depois de duas semanas repararam que os cações, que tinham saído clarinhos do fundo do mar, ficaram marrons, quase negros. A explicação é aparentemente simples: no tanque, com apenas 1 metro de água, os filhotinhos passaram a receber 600 vezes mais raios ultravioleta do que no fundo da Baía Kaneohe, 15 metros abaixo da superfície, de onde vieram. Que a radiação solar ativa as células de melanina, que dão cor à pele, é coisa sabida. “Agora queremos descobrir a intensidade da radiação necessária para a produção dessa substância, que funcio na como um escudo protetor do DNA, no núcleo das células”, disse Christopher Lowe à SUPER.
Tubarão no maior bronze
Em locais com muita luz a pele faz mais melanina, a substância que escurece.
Ele era assim…
No dia em que saiu do fundo escuro do mar, o cação à esquerda tinha pouca melanina na pele. Por isso, ele era clarinho.
… e ficou assim
Vinte dias depois de levado para um tanque raso, a camada de melanina era muito maior. O caçãozinho ficou quase negro.