Em busca de um curativo mais barato para tratar queimaduras, pesquisadores do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade de Brasília (UnB) descobriram que a pele de rã é um ótimo remédio. O Ranafilm, como é chamado pelos cientistas, é produzido com a pele do anfíbio, normalmente desprezada pelos criadouros que querem apenas vender a carne do animal. Para os testes, que já começaram no Hospital Regional da Asa Norte, em Brasília, a doação está sendo feita pela empresa Rander Agroindústria, uma das maiores do país no cultivo e processamento de carne de rã. Segundo a pesquisadora responsável, Elisabeth Schwartz, o tratamento convencional de queimaduras pode chegar a três semanas. Já com a pele da rã, que é rica em princípios ativos e agentes antimicrobianos que inibem o crescimento de microorganismos, o tratamento não chega a dez dias. Outra vantagem é o fácil armazenamento: a pele não precisa nem ser refrigerada.
Como para cada curativo é necessário um animal, espera-se que não faltem batráquios no mercado.