Para captar o que está a sua volta.
A língua é o nariz da cobra, que funciona como um detector químico, capaz de seguir o rastro de cheiro deixado pelas presas. Ela também capta feromônios – substâncias que servem de comunicação entre seres da mesma espécie – que ficam no ar.
Segundo o biólogo Giuseppe Puorto, do Instituto Butantã, em São Paulo, a cobra agita a língua como se vasculhasse o ar em busca das partículas de odor. Como a língua é dividida em duas partes, cada extremidade consegue captar partículas em uma região diferente. Isso serve de orientação para a cobra.
Quando ela coloca a língua na boca, as duas pontas passam pelo céu da boca, onde existe o chamado órgão de Jacobson, estrutura sensorial que analisa as partículas. Assim, a cobra identifica o que havia no ar.