Uma decisão surpreendente altera o formidável esforço internacional para localizar todos os 100 000 genes existentes nos cromossomos humanos, chamado Projeto Genoma. Daqui para a frente, os americanos vão adotar o estilo francês de trabalhar, inclusive com a ajuda direta do geneticista Daniel Cohen, diretor do Généthon, instituto de pesquisa próximo de Paris. No ano passado, Cohen revolucionou a caça aos genes com uma técnica de análise em massa do material genético (veja SUPERINTERESSANTE ano 6, n° 7).
O método francês utiliza células de levedura para multiplicar os fragmentos dos genes até que possam ser manipulados com precisão. Assim, no Généthon, já se conseguiu localizar 25% de todos os genes humanos, cinco vezes mais do que os outros laboratórios do mundo. Algo parecido será feito no maior programa já instituído pelos americanos, que inclui a construção de, um grande centro de pesquisa na cidade de Cambridge, Estado de Massachusetts. Dirigido por Eric Landers, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, o novo centro contará com o trabalho de robôs químicos, como já se faz no Généthon, para aumentar a velocidade de suas análises.