O LIS (sigla em inglês para Sensor de Imagem de Raios) é o primeiro instrumento capaz de vigiar 24 horas por dia as descargas elétricas do céu. Seu objetivo, a bordo do satélite TRRM, da Nasa, é contar o número de relâmpagos no mundo e, a partir daí, medir o aquecimento da Terra. “A cada grau que o planeta ganha, o número de raios quadruplica”, explica Osmar Pinto Júnior, do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Desde que começou a voar, em novembro de 1997, o LIS já confirmou um dado: os raios são mais comuns sobre a terra do que sobre os oceanos.
Colhendo tempestades
Neste mapa de raios captados pelo detector LIS, entre dezembro de 1997 e janeiro deste ano, é fácil observar que 98% dos relâmpagos acontecem sobre os continentes.
As manchas vermelhas indicam uma incidência de até dez raios por quilômetro quadrado ao mês
A cor amarela mostra uma densidade intermediária de raios, que varia de 0,1 a 1 por quilômetro quadrado
As manchas azuis marcam regiões de baixa incidência, com apenas 0,01 raio por quilômetro quadrado