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Quanto menos uma pessoa entende sobre IA, mais tende a aprová-la

Estudo mostra que não entender os mecanismos da inteligência artificial mistifica a tecnologia – coisa que não acontece em quem entende os bastidores.

Por Manuela Mourão
Atualizado em 2 fev 2025, 11h40 - Publicado em 2 fev 2025, 10h00

De acordo com um novo estudo publicado no Journal of Marketing, as pessoas com ​menos conhecimento sobre IA são mais abertas ao uso da tecnologia do que aquelas que entendem como ela funciona.

Esse fenômeno foi apelidado pelos autores da pesquisa como “menor alfabetização, maior receptividade”.

O artigo analisou dados de 27 países e revelou que pessoas em nações com menores taxas de alfabetização são mais receptivas à adoção de inteligências artificiais. Mas esse padrão pode ser identificado em amostras menores: em uma outra análise feita pelos pesquisadores, foi observado que, nos Estados Unidos, alunos de graduação que tinham mais conhecimento sobre a tecnologia eram menos propensos a usar IA em trabalhos acadêmicos.   

Os autores sugerem que o motivo disso mora na “magia” por trás de tudo que a IA consegue fazer.

Para a Wired, os pesquisadores escrevem que isso acontece porque “a IA agora executa tarefas que antes pensávamos que apenas os humanos poderiam realizar. Quando ela cria uma obra de arte, escreve uma resposta sincera ou toca um instrumento musical, pode parecer quase mágico – como se estivesse atravessando o território humano”.

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De mágica não tem nada, claro. Todas as respostas empáticas e carinhosas não passam de pura matemática: uma receita de algoritmo, treinamento de máquina e operação de modelos computacionais. 

O estudo sugere que pessoas menos alfabetizadas possuem um encantamento tão forte pela inteligência artificial que preferem usá-la com funções mais humanizadas, como suporte emocional. No ano passado, um estudo mostrou que um em 10 brasileiros usava chatbots como terapia e que 10% da população apela para o ChatGPT em vez de ir ao psicólogo. 

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Enquanto isso, quem entende o que acontece por trás das cortinas tende a abrir as portas para a IA em espaços mais técnicos e eficientes, como analisar resultados ou traduzir documentos.  

Entretanto, pessoas de baixa alfabetização são mais propensas a reconhecer a tecnologia como menos menos ética e até um pouco assustadora.

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