Mas antes que você saia por aí andando de boca aberta: a correlação foi percebida na comparação entre espécies.
Por Karin Hueck
Atualizado em 16 Maio 2018, 13h12 - Publicado em 6 out 2016, 09h30
Um estudo da State University of New York at Oneonta, percebeu que existe uma correlação entre a duração dos bocejos e o tamanho do cérebro de diversas espécies. A pesquisa – que já tem o nosso voto para o prêmio Ignobel – analisou o tamanho da massa cinzenta de 19 mamíferos diferentes: de elefantes africanos, passando por coelhos e ratos, chegando a cavalos e humanos. Quem passava mais tempo de boca aberta também tinha um cérebro proporcionalmente maior.
Primeiro, é preciso entender para que serve o bocejo. Uma das teorias mais aceitas diz que ele ajuda a resfriar o cérebro: abrir a mandíbula e inalar ar ajuda a fisicamente abaixar a temperatura da cabeça. Isso é feito pelo sangue: bocejar aumenta a circulação de sangue no cérebro e substitui o sangue quente da cabeça por um mais frio que vem diretamente do coração. Outra teoria diz que o comportamento serve para tirar o cérebro do estado de distração para o de atenção total – algo que você já deve ter percebido.
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(Pausa para bocejo.)
No total, foram analisados 205 bocejos de 177 animais, de 24 espécies diferentes. Nessa competição, nós saímos ganhando: cientistas registraram a média dos bocejos humanos em 6,5 segundos, mais longa do que qualquer outra espécie. Ratos bocejaram em média por apenas 0,8 segundos, gatos por 1,97 segundos e cachorros por 2,4. Depois dos seres humanos, os maiores bocejadores foram os elefantes africanos, os chimpanzés, os camelos e os elefantes marinhos – uma ordem que acompanha em linhas gerais também os tamanhos relativos dos cérebros.
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Outra constatação dos criativos cientistas é que o tamanho da mandíbula não tem nenhuma relação com a duração do bocejo – tanto que leões e cavalos não foram páreo para nós.”Nossa hipótese é que a variação dos bocejos entre as espécies ajude a prever diferenças neurológicas importantes”, escreveram os autores do estudo, Andrew Gallup, Allyson Church e Anthony Pelegrino.
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