A estatística tem infinitos usos. Robert Faid, um engenheiro nuclear americano, resolveu usá-la para calcular qual é a chance de uma pessoa ser o anti-Cristo – um dos problemas (não só matemáticos, mas filosóficos e existenciais) mais antigos da Humanidade. Desde que o apóstolo João afirmou “esta é a hora final, pois o anti-Cristo está a caminho”, milhares de matemáticos amadores debruçaram sobre essa questão. Faid resolveu descobrir algo mais preciso: Mikhail Sergeievitch Gorbachev é a “besta”? Usando códigos um tanto elaborados e onze contas muito simples de adição, subtração, multiplicação e divisão, ele obteve a resposta: a chance de o ex-presidente da União Soviética ser efetivamente o anti-Cristo é de apenas um para 710609175188282000.
Lê-se o número assim: 710 quatrilhões, 609 trilhões, 175 bilhões, 188 milhões e 282 mil. Para ter uma idéia de comparação, a população da Terra é de cerca de 5 bilhões. Seriam necessários quase 140 milhões de planetas como o nosso para alcançar esse número de pessoas. Acompanhe agora alguns dos cálculos que fizeram Faid chegar a essa essencial descoberta. O nome completo de Gorbachev, em russo, soma 666 (o número do diabo) num sistema de numerologia. Já quando escrito em grego – e “lido” sob as normas de outro código de numerologia –, o resultado é 888 (que Faid identifica como sendo o número de Jesus). Além disso, ele foi o oitavo “rei” (ou líder) da ex-URSS. Com dados assim, didáticos e irrefutáveis, Faid escreveu um livro em que explica detalhadamente como chegou a esses valores, mas não responde de forma definitiva à única pergunta que todos se fazem: afinal, Mikhail Gorbachev é ou não o anti-Cristo?