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Relação sexual: Sempre disposto

O ser humano é um bicho esquisito. Faz sexo o ano todo, sem pensar em filhos.

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h50 - Publicado em 14 set 1999, 22h00

Débora Lerrer

Se o objetivo do sexo é propagar genes, os seres humanos são definitivamente muito estranhos. Nós somos uma espécie que faz sexo por puro prazer, em geral sem se importar com a geração de filhos – aliás, até evitando que isso aconteça. Outra esquisitice é que a espécie humana está sempre pronta para o sexo. Em vez de esperar que a fêmea entre no cio, como é a norma na natureza, o homem pode se acasalar em qualquer época do ano.

Os cientistas ainda quebram a cabeça para descobrir o porquê desse comportamento sexual tão bizarro. A culpa, suspeitam, é das mulheres. Nas fêmeas dos outros mamíferos, o cio é facilmente identificável pelos machos. Nas humanas, não. O homem, se quiser mesmo produzir descendentes, terá de manter relações com a mesma mulher durante a maior parte do ciclo menstrual.

Para os biólogos americanos Richard Alexander e Katharine Noonan, da Universidade de Michigan, nossas ancestrais desenvolveram essa estratégia há 9 milhões de anos, a fim de evitar que os machos sumissem depois de fecundá-las. É uma troca. A fêmea satisfaz o apetite sexual do macho ao ficar disponível a qualquer hora. Este, em contrapartida, protege sua companheira e os filhos, em vez de abandoná-los. Sua recompensa, além do sexo garantido, é a certeza de que as crias são efetivamente suas. Entre os gorilas, com os quais isso não acontece, é comum o macho matar os filhotes por achar que o pai verdadeiro é outro. Pela teoria de Alexander e Noonan, a monogamia, e não a promiscuidade, é o estado natural da espécie humana.

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Quem sabe é super

O estupro não é exclusividade humana. Biólogos registraram a cópula forçada em orangotangos, chimpanzés e patos.

Bichos gays?

Denis Russo Burgierman

Pelo menos 450 espécies animais, desde o marreco até o rei leão, praticam algum tipo de homossexualismo, seja criando os filhos em casais do mesmo sexo, seja trocando carícias eróticas e montando uns nos outros. É o que afirma o biólogo americano Bruce Bagemihl em Biological Exuberance –Animal Homosexuality and Natural Diversity, (Exuberância Biológica – Homossexualismo Animal e Diversidade Natural), um livro polêmico lançado este ano nos Estados Unidos (SUPER, ano 13, nº 8). Bagemihl usa esse dado surpreendente como um argumento para demonstrar que o sexo, na natureza, não serve só para reprodução. Para ele, o prazer talvez seja tão importante entxre os animais quanto é para o homem, ao contrário do que a ciência supunha. A hipótese, se confirmada, será uma revolução na Biologia.

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Paisagem inútil

Os adornos do corpo só evoluíram para seduzir.

MÚSICA SUAVE

A voz feminina é mais doce e aguda, como a das crianças, para evitar que os homens se sintam ameaçados.

VITRINE

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O que torna os seios e as nádegas da mulher atraentes é o seu papel na gestação e na lactação. As nádegas grandes indicam uma boa dilatação para o parto; os seios, uma reserva de leite para o bebê. Nos primeiros hominídeos, eram sinal de saúde reprodutiva.

UM EXAGERO

O pênis dos homens é mais largo e comprido do que o dos gorilas, apesar de o homem adulto pesar três vezes menos que o seu primo selvagem. A largura do órgão sexual, segundo os antropólogos, evoluiu devido à preferência das mulheres.

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MAIS CONFORTO

A vagina da mulher é voltada para baixo, enquanto a das fêmeas de outros primatas é inclinada para trás. A posição, nos humanos, deve ter evoluído porque facilita o orgasmo feminino e ajuda a reter o esperma.

PERFUME SELVAGEM

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Os pêlos nas axilas e na região genital guardam o cheiro do suor e o do sexo, considerados excitantes.

HE-MAN

Os músculos do peito e dos braços demonstram força física. Impressionam as mulheres e inspiram respeito em outros homens.

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