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Resíduos de tintas e de cosméticos são encontrados em golfinhos

70% de todos os golfinhos da Flórida estão contaminados por ftalatos, uma substância usada na fabricação de diversos produtos

Por Ingrid Luisa
6 set 2018, 18h54
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  • Mais um dia, mais uma notícia triste vinda dos oceanos. Um estudo feito por cientistas americanos descobriu que produtos químicos vindos de materiais de limpeza, cosméticos e plásticos estão entrando no corpo de golfinhos-nariz-de-garrafa (ou golfinhos-roaz, a espécie mais comum) na Flórida.

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    Os pesquisadores descobriram evidências de exposição a compostos químicos chamados ftalatos em mais de 70% dos golfinhos da Flórida. Esta é a primeira vez que estes produtos químicos foram documentados na urina de mamíferos marinhos selvagens.

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    Os ftalatos são muito comuns. Eles são uma classe de substâncias químicas adicionadas aos produtos de plástico e embalagens para torná-los mais flexíveis ou duráveis, e também podem ser encontrados em tintas, esmaltes, spray de cabelo, xampu, sabonetes, perfumes etc.

    Para o estudo, os pesquisadores testaram a urina de 17 golfinhos na Baía de Sarasota entre 2016 e 2017 para averiguar os níveis de ftalatos. Tipos de ftalato foram detectados na urina de pelo menos 12 dos golfinhos, incluindo dois ftalatos frequentemente usados ​​na fabricação comercial – dietilftalato (DEP) e di-2-etilhexil ftalato (DEHP).

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    O fato dessa substância ter sido encontrada em golfinhos selvagens diz muito sobre a qualidade dos oceanos. Os golfinhos são “sentinelas” do ambiente marinho: quando alguma coisa está errada com eles, indica que todo o ecossistema está rompido. Esses bichos estão entre os animais mais contaminados do mundo, e, apesar disso, apresentam uma maior resistência a algumas substâncias tóxicas. Por isso, podem agir como organismos sentinelas para o monitoramento dos níveis de contaminantes.

    “Essas substâncias químicas podem entrar nas águas marinhas do escoamento urbano e das emissões agrícolas ou industriais, mas também sabemos que há muita poluição plástica no meio ambiente”, disse Leslie Hart, autor principal do estudo.

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    Mas os cientistas estão só começando a entender os riscos que essa substância representa para a saúde humana. Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos EUA, os efeitos da exposição a baixos níveis de ftalatos são “desconhecidos”. Mas há indícios de que essas substâncias estejam relacionadas a problemas de fertilidade em mamíferos. Uma série de estudos anteriores também demonstrou como essas substâncias podem afetar os níveis de hormônios sexuais e outros hormônios, estimulando ou inibindo o sistema endócrino. No entanto, mais pesquisas precisam ser feitas antes que qualquer conclusão seja feita.

    De qualquer modo, o fato é que os resíduos industrializados humanos estão chegando cada vez mais longe. A SUPER já havia alertado que a ação humana está causando câncer nos animais selvagens. Nesse ritmo, os próximos podem ser os mamíferos aquáticos.

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