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Risco de queimadas em São Paulo pode aumentar a partir desta quarta (28)

No último fim de semana, o estado superou a Amazônia em número de focos de fogo. Fim da frente fria pode deixar a região ainda mais vulnerável.

Por Eduardo Lima
27 ago 2024, 17h00
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  • Incêndio florestal em São Paulo. Há um trator ao lado direito.
     (Governo de SP/Reprodução)

    O estado de São Paulo sofreu com queimadas intensas a última sexta-feira (23) e o domingo (25). Foram mais de 34 mil hectares destruídos (o equivalente a uns 34 mil campos de futebol). Duas pessoas morreram, 60 ficaram feridas e 800 estão desalojadas.

    De acordo com a Defesa Civil estadual, todos os focos de incêndio foram extintos até a última segunda (26). A suspeita, compartilhada pelos governos estadual e federal, é que os incêndios tenham sido criminosos, fruto talvez de uma ação coordenada – uma hipótese que ainda está sendo investigada.

    Até a tarde desta terça (26), cinco suspeitos foram detidos, desde um homem que jogou uma bituca de cigarro numa região afetada pelas queimadas a uma pessoa capturada com serras, um alicate, isqueiro e uma caixa de fósforos.

    O fogo, provavelmente de origem humana, espalhou-se com facilidade pelo interior paulista por uma combinação de fatores: “umidade do ar e do solo muito baixas, temperatura muito alta [da semana passada] e intensidade dos ventos”, explica Maria Clara Sassaki, especialista em meteorologia da empresa TempoOK. 

    Em condições como essas, uma bituca de cigarro pode virar um incêndio incontrolável. Os ventos levam as brasas para outros cantos e, assim, alastra o fogaréu.

    Apesar dos focos de fogo extintos, o interior paulista ainda tem 48 cidades em estado de alerta máximo para queimadas. A preocupação faz sentido, já que o risco de incêndios só vai aumentar a partir da quarta–feira (28).

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    Vamos entender por quê.

    Situação pode piorar

    Nos últimos dias, houve mais focos de incêndio no estado de São Paulo do que em toda a Amazônia. O ar seco já é normal para o Sudeste e o Centro-Oeste nessa época do ano, mas queimadas como essas não são tão frequentes em São Paulo e em regiões mais ao sul do Brasil.

    O que ajudou o ar seco nos últimos dias foi a chegada tardia das frentes frias, mais fracas do que o comum para os invernos, com poucas ondas de vento gelado avançando pelo continente. Com essa “demora” do ar frio, a atmosfera do Brasil teve muitos dias seguidos de estabilidade, ajudando o ar seco do Brasil central a se espalhar.

    Nos próximos dias, a situação que já é ruim pode piorar. A massa de ar frio que afetou o Sudeste nos últimos dias está se afastando para o oceano. Pode olhar a previsão do tempo: a temperatura vai subir até o fim de semana

    Não só: a chuva que veio com a frente fria não foi volumosa o suficiente para molhar o solo, o que ajudaria contra as queimadas. Quem ganha força com isso é o ar seco e quente.

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    “A partir de quarta-feira, quando as temperaturas voltarem a subir, o risco de queimadas aumenta novamente”, afirma Sassaki. Ela explica que não há chances significativas de chuva durante as primeiras duas semanas de setembro, então o tempo vai continuar seco e o risco de incêndios vai continuar alto. Sem uma frente fria para controlar os focos, o perigo é que o fogo saia do controle.

    Os perigos do fogo 

    Cidades do estado de São Paulo viram a noite chegar mais cedo no último fim de semana, com uma nuvem escura de fuligem que prejudicava a visibilidade. 

    Um efeito óbvio é a destruição da fauna e a flora da região. O fogo expõe o solo e o torna mais suscetível à erosão. Também emite gases do efeito estufa e piora o aquecimento global. 

    Para além disso, há o risco de pessoas inalarem esses gases ou partículas pequenas produzidas pelo incêndio. Idosos e crianças, que são mais vulneráveis a problemas respiratórios, são os principais afetados.

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