Rochas lunares indicam: a Lua nasceu mesmo da colisão da Terra com um planeta extinto
Novas evidências sobre a composição de rochas lunares sugerem que, sim, o satélite foi expelido da superfície da Terra num passado remoto.
A teoria mais aceita sobre o nascimento da Lua daria uma delícia de superprodução: um planeta do tamanho de Marte caiu por aqui há mais de 4 bilhões de anos. A explosão lançou metade da crosta terrestre para o espaço. Boa parte dos estilhaços caiu de de volta, na forma da maior chuva de meteoritos da história. Outra parte continuou no espaço e se aglutinou numa pedra gigante, que continua lá em cima. Hoje, chamamos essa pedra de “Lua”.
Essa teoria ganhou mais força na última semana, graças a astrônomos da Universidade da Califórnia. A partir de sete pedras lunares coletadas em missões da Apollo 12, 15 e 17, os pesquisadores identificaram similaridades entre rochas da Terra e o material coletado no satélite. Para chegar a essa conclusão, o estudo concentrou esforços na análise dos átomos de oxigênio.
O oxigênio mais presente na Terra é o O-16. Como o número sugere, esse átomo de possui oito prótons e oito nêutrons. Mas também há pequenas quantidades de oxigênio com nêutrons adicionais, como os isótopos O-17 e o O-18. Bom, os cientistas observaram que a proporção entre O-16, O-17 e O-18 entre a Terra e a Lua é exatamente igual. Ou seja: provavelmente a Lua foi mesmo expelidada da própria Terra num passado remoto.
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“Não encontramos diferenças entre os isótopos lunares e terrestres”, afirmou Edward Young, geoquímico que liderou a pesquisa. A equipe de Young coletou pedras encontradas em vulcões do Havaí (EUA) e em desertos do Arizona (EUA) para comparar o material lunar.
A análise também reforçou a ideia de que a a colisão foi frontal, extremamente violenta. Em um impacto direto diz Young, seria mais provável que a Terra compartilhasse a mesma proporção de isótpoos de oxigênio, como de fato acontece.