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Sahelanthropus tchadensis , osso duro de roer

método de datação foi comparar as espécies que estavam à sua volta com as que existiam em outras regiões da África, o que não é muito preciso.

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h34 - Publicado em 31 jul 2002, 22h00

Rafael Kenski

Um crânio, dois pedaços de mandíbula e três dentes levados a público no mês passado estão colocando os estudiosos de evolução humana em pé de guerra. Segundo os descobridores, eles constituem uma nova espécie – Sahelanthropus tchadensis –, têm sete milhões de anos e são os restos do mais antigo ancestral conhecido do homem. Mas é possível que ele não seja tão velho. O método de datação foi comparar as espécies que estavam à sua volta com as que existiam em outras regiões da África, o que não é muito preciso. Além disso, pode ser que ele não faça parte da nossa família. Acredita-se que a linhagem humana se separou dos demais primatas entre cinco e seis milhões de anos atrás e, para alguns cientistas, faz mais sentido que esse fóssil seja de um gorila. “Acho que só poderemos afirmar alguma coisa daqui a uns dez anos, quando a polêmica diminuir”, diz o antropólogo físico Walter Neves, da Universidade de São Paulo. “Estão aparecendo tantas novas espécies que é difícil hoje traçar uma linhagem.”

Árvore da dúvida

Existem mais perguntas que respostas a respeito das nossas origens
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Australopithecus afarensis

Espécie da famosa Lucy, o esqueleto quase completo de uma fêmea encontrado em 1974. Achava-se que tinha originado os Homo, mas a descoberta do Kenyanthropus platyops, outro candidato a nosso tataravô, trouxe dúvidas

Paranthropus robustus

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Viveu entre dois e 1,2 milhões de anos atrás. Provavelmente conviveu com as primeiras espécies Homo e, assim como elas, tinha a capacidade de utilizar ferramentas

Homo habilis

Tinha-se como certo que o habilis era a transição do Australopithecus para o Homo. As evidências estavam no cérebro grande e na capacidade de manipular objetos. É possível, no entanto, que esteja mais próximo do tronco dos Australopithecus que do nosso

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Homo erectus

Viveu entre 1,6 milhão e 250 000 anos atrás e espalhou-se por África, Ásia, Oceania e Europa. As evidências indicam que foi o primeiro hominídeo a habitar cavernas e a dominar o fogo. Intriga por ter traços que não são nem de Australopithecus nem de Homo sapiens

Homo heidelbergensis

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Surgiu há mais de 500 000 anos e teria dado origem tanto ao Homo sapiens quanto aos neandertais. No entanto, alguns acham que ele é só uma versão mais primitiva dos neandertais

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