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Saideira – Por que a ciência sabe tão pouco do sobrenatural?

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h53 - Publicado em 29 Maio 2012, 22h00

A IMENSA MAIORIA DOS FENÔMENOS PSI É ASSIM: NÃO HÁ QUEM PROVE QUE ELES EXISTAM NEM QUE ELES NÃO EXISTAM. POR QUE IS ACONTECE, SE A CIÊNCIA JÁ AVANÇOU TANTO EM OUTROS CAMPOS? ALGUNS MOTIVOS:

• OBJETO IMPREVISÍVEL
É muito difícil reproduzir – ou tentar provocar – fenômenos sobrenaturais em laboratório. Como criar uma situação de quase-morte? Como garantir que o paranormal tenha visões enquanto está sendo testado? Para complicar, quando as experiências são possíveis, elas são feitas com voluntários ligados a fenômenos paranormais, o que impede comparações num universo mais amplo.

• PRECONCEITO
A parapsicologia, ciência que estuda os fenômenos sobrenaturais, é vista com descaso por boa parte da comunidade científica – que muitas vezes prefere ridicularizar os trabalhos acadêmicos da área a conhecê-los de perto. São mais raros, portanto, o debate acirrado, a crítica construtiva, a troca de experiências com cientistas de outras especialidades e mesmo as denúncias de má conduta. Tudo isso dificulta o avanço desse tipo de conhecimento acadêmico.

• GRANA CURTA
É preciso fazer uma imensa quantidade de experimentos para chegar a uma consistência de resultados e convencer as pessoas da importância de determinado fenômeno. Mas isso custa caro – e faltam formas de financiamento para uma área de estudo tão desmerecida.

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• NOTA DE CORTE
Das poucas pesquisas que existem, boa parte é descartada por problemas metodológicos ou por negligência na condução das experiências. Outro tanto não passa no filtro das análises de probabilidades estatísticas. Há ainda as impregnadas de conceitos esótericos, que não podem ser analisados pelo método científico. Dá para contar nos dedos os estudos de credibilidade na área.

• AMOSTRA VICIADA
Por haver poucos recursos, uma ferramenta muito usada é a meta-análise: a reunião de vários estudos, combinando suas constatações. Se por um lado a conclusão assim é mais consistente, aqui os resultados tendem a ser superestimados, ao levar em conta só testes que tiveram alguma alteração relevante.

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