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Superbactéria

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h49 - Publicado em 26 Maio 2012, 22h00

Alessandro Greco e Denise Barros

Não precisamos mais de uma bactéria solta na natureza para fazer um estrago. Atualmente já é possível criar uma delas em laboratório. A tecnologia, desenvolvida por cientistas do James Craig Venter Institute (JCVI), ainda é complexa e exige muito dinheiro, mas abre inúmeras possibilidades, inclusive de criação de espécies nocivas ao ser humano

A possibilidade de criar uma bactéria em laboratório assusta muito, mas talvez não seja necessária uma delas para criar problemas para a espécie humana. Em janeiro de 2011, pesquisadores relataram que uma cepa da Streptococcus pneumoniae, a velha e nada boa causadora da pneumonia, conseguiu trocar 75% dos seus genes nos últimos 27 anos, tornando-se basicamente imune aos antibióticos. A superbactéria Klebsiella pneumoniae carbapenemase, resistente a múltiplos antibióticos, entre eles a penicilina, tem feito vítimas pelo mundo, inclusive no Brasil. Conhecida popularmente como KPC, nome de uma enzima produzida por ela, a bactéria atinge principalmente pessoas com o sistema imunológico debilitado. Mas, segundo Artur Timmerman, infectologista do hospital Professor Edmundo Vasconcelos, em São Paulo, a chance de uma bactéria causar uma hecatombe na humanidade atualmente é próxima de zero.

Isso não impede um laboratório (ou a própria natureza) de criar uma nova bactéria contra a qual não haja remédio imediato. Se ela for muito letal e se espalhar muito depressa (algo nada díficil em um mundo interconectado por aviões), os humanos podem ter um problema dos grandes pela frente. Mas isso fica no campo das possibilidades.

O caminho da epidemia Incubando a KPC Em ambientes hospitalares, antibióticos potentes “geram” superbactérias. Nas UTIs, os doentes recebem muito antibiótico. As bactérias criam defesas contra esses remédios.

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Como ela sai da UTI

Médicos sempre recomendam que visitantes de doentes lavem as mãos e tenham cuidado com a higiene. Nem sempre, no entanto, eles seguem suas próprias regras e acabam transportando as bactérias por ambientes que deveriam ser estéreis.

A propagação

Uma vez que a bactéria consiga sair da UTI, que teoricamente é um ambiente mais seguro, ela se locomove pelas dependências do hospital. Durante esse processo, contamina os pacientes que são mais propensos às doenças.

Fora dos hospitais

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No momento, as pessoas estão mais seguras em relação a superbactérias como a KPC. O risco de ela sair dos ambientes hospitalares e fazer um estrago na raça humana é praticamente zero.

Ao longo dos anos, uma série de bactérias tem desenvolvido resistência à maioria dos antibióticos disponíveis, entre elas: Staphylococcus aureus, Staphylococcus epidermidis, Pseudomonas aeruginosa, Acinetobacter sp e Enterococos.

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