Entidades que combatem os maus-tratos a que os animais são submetidos, em laboratório, estão em polvorosa. Tudo bem furar, picar, torcer e dar choques em ratinhos de laboratório. Agora, entupir os roedores de speed (nome vulgar da metanfetamina, na forma como ela é consumida em raves e casas noturnas ao redor do mundo) e submetê-los a horas e horas de música tecno é demais! O propósito da pesquisa feito pela Universidade de Cambridge, na Inglaterra, era estudar os efeitos dessa poderosa droga em regiões específicas do cérebro. Para essa experiência em particular, a equipe comandada pela doutora Jenny Morton se valeu de 238 camundongos (em vez de alguns jovens inconseqüentes). Metade recebeu uma injeção de água e sal; a outra metade, tomou speed. Em seguida, os parentes do Mickey Mouse foram submetidos a uma tortura sonora: 95 decibéis de ruídos de todo tipo. Barulho de televisão fora do ar, buzinas e motores, alguns intervalos de silêncio absoluto e música (o álbum The Fat of the Land, do grupo de música eletrônica Prodigy, e Concerto para Violino em Lá Menor, de Johann Sebastian Bach). Sete dos “clubbers” já estão descansando no céu dos roedores.