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Temporada de furacões no Atlântico em 2020 é a maior já registrada

Com a recente formação da tempestade Theta, já são 29 ciclones e furacões contados na região neste ano.

Por Bruno Carbinatto
11 nov 2020, 19h42

Com a formação da tempestade Theta no último dia 10 de novembro, a temporada de furacões do Oceano Atlântico de 2020 tornou-se oficialmente a maior já registrada na história. Até o momento, 29 ciclones já atingiram as proporções necessárias para serem nomeados na região, quebrando o recorde de 2005, quando houve 28 tempestades.

A temporada de furacões do Atlântico – também chamados de ciclones ou tempestades tropicais – é um período em que diversos furacões se formam no oceano Atlântico, especialmente entre a América do Norte e a Europa. Geralmente, acontece entre junho e novembro, embora essas datas possam variar um pouco de ano para ano.

Em geral, formam-se entre 10 e 12 tempestades com proporções grandes o suficiente para serem nomeadas por cientistas, das quais algumas podem evoluir para furacões grandes e que ofereçam riscos caso cheguem à terra firme. Até agora, 2005 era o ano que tinha o maior registro de tempestades nomeadas: eram 28, das quais 7 evoluíram para furacões especialmente destrutivos, incluindo o furacão Katrina, que deixou mais de 1.800 mortos só nos Estados Unidos.

O ano de 2020, porém, veio para quebrar recordes: a Organização Meteorológica Mundial confirmou a formação da tempestade subtropical Theta no meio do Atlântico, aumentando o total de eventos nomeados para 29 – e ainda há uma possível 30ª tempestade se formando no Caribe, embora não se saiba se de fato ela se concretizará. Tempestades só são batizadas quando seus ventos atingem velocidades entre 63 e 118 km/h. Acima disso, são considerados furacões.

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Foram tantas tempestades em 2020 que a organização esgotou sua lista de nomes para batizá-las. Todos os anos, os especialistas selecionam uma série de nomes humanos em ordem alfabética para nomear os furacões (geralmente nomes comuns na língua inglesa). O título do furacão não pode se repetir por seis anos, e alguns são excluídos permanentemente da lista de opções em caso de episódios muito destrutivos e que guardem um significado especialmente ruim, como foi o caso do Katrina. Você pode checar todos os nomes selecionados para os próximos anos neste link.

Esse ano, porém, os nomes pré-selecionados não foram suficiente, já que várias tempestades não previstas se formaram, e então os cientistas tiveram que apelar para a opção B: nomear os furacões de acordo com o alfabeto grego, algo que só precisou ser usado em 2005.

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Apesar dos números, muitas tempestades ficaram apenas nas regiões marítimas, e por isso o número de fatalidades felizmente não quebrou recordes: até agora, pouco mais de 300 pessoas morreram em decorrência desses eventos meteorológicos. Mesmo assim, os prejuízos causados com danos a infraestrutura de cidades, por exemplo, podem atingir valores bilionários. A maior parte do estrago está concentrado no estado de Luisiana, no sul dos Estados Unidos, que foi atingido por cinco tempestades esse ano (um recorde).

Além do sul dos Estados Unidos, a América Central e o Caribe também foram bastante afetados esse ano: o furacão Laura matou 31 pessoa no Haiti e deixou milhares desabrigadas ou em situação de emergência, e o furacão Eta afetou a vida de milhões em países como Guatemala, Costa Rica, Cuba e Honduras. Esses fenômenos são conhecidos por prejudicar comunidades e pessoas já em estado de vulnerabilidade – o que é ainda pior em um ano de pandemia. Para piorar, a temporada somente acaba no fim do novembro, e, às vezes, se estende também para dezembro, então é possível que novas tempestades surjam até lá.

Ciclones tropicais se formam em águas mornas – o ar acima delas se aquece e sobe, criando uma área de baixa pressão que atrai ventos fortes e rápidos. Os cientistas já sabem que, com o aquecimento global e o aumento médio das temperaturas mundiais, os furacões estão ficando cada vez mais fortes e destrutivos – embora ainda não se saiba se a mudança climática também é responsável pelo fato das tempestades estarem cada vez mais comuns e frequentes.

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