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Tente não bocejar e… falhe miseravelmente

Ver outra pessoa bocejando é suficiente para aguçar nossa vontade de fazer o mesmo. E, como um novo estudo revela, tentar resistir só piora as coisas

Por Guilherme Eler
31 ago 2017, 18h28

Não precisa nem estar com o sono atrasado. Só de ler a palavra bocejo e olhar para a foto da matéria você e 60% dos leitores já abrirão o bocão para bocejar também. O efeito é muito comum em humanos, e acontece porque nosso cérebro possui estruturas que vivem copiando os comportamentos dos outros. Os neurônios-espelho são capazes de ativar o hipotálamo e a amígdala, regiões cerebrais que controlam nossas respostas a estímulos exteriores – e ativam os movimentos antes mesmo de você esboçar uma reação contrária.

Tentar resistir ao bocejo de alguém, aliás, não é uma tarefa tão simples quanto parece. Um novo estudo da Universidade de Nottingham, na Inglaterra, descobriu que a nossa necessidade de responder ao estímulo varia de pessoa para pessoa, e que de nada adianta lutar contra um bocejo quando o dito-cujo resolve dar as caras. Seria mais ou menos como a vontade de ir ao banheiro. Quanto mais você tenta afastar mictórios e barulhos de cachoeira de seu pensamento, mais a vontade de urinar aperta.

Para chegar a essa relação, os pesquisadores conduziram um experimento com 36 pessoas. Os voluntários tiveram de assistir a vídeos de pessoas bocejando. Em um primeiro momento, eles foram orientados a não responder às bocas abertas – o que, obviamente, não deu muito certo. Depois, repetiram o mesmo experimento, dessa vez, com o bocejo liberado.

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Os cientistas registraram, então, o número e a intensidade dos bocejos de cada cobaia, além da quantidade de vezes que eles precisaram apertar a boca para não deixar escapar um “Uaaaa” bem dado. Enquanto se controlava, o grupo registrou uma média de 0.17 bocejos completos e 3.86 “abafados”. O interessante é que os resultados de quando eles não tinham de se controlar foram muito próximos. Ou seja: de nada adiantava se contorcer para não deixar o bocejo escapar, ele ia sair de algum jeito – ainda que em forma de careta.

Sabe-se que o ato de espelhar o bocejo de alguém está ligado à empatia. Um estudo de 2010 mostrou que começamos a copiar mais o movimento por volta dos três ou quatro anos – época em que as crianças passam a contar com esse senso em relação ao outro. Quanto mais jovem você é, aliás, mais fácil você é contagiado por bocejos alheios. Além dos humanos, chimpanzés, cachorros e até mesmo periquitos têm essa habilidade.

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