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Todos os olhos, na verdade, são castanhos

As cores da forma como nossos olhos enxergam são uma mistura de biologia e física - o mesmo fenômeno que faz olhos de recém-nascidos parecerem azuis

Por Ana Carolina Leonardi Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 20 dez 2016, 18h02 - Publicado em 20 dez 2016, 17h50

Elton John pede desculpas em “Your Song” porque não lembra se os olhos do seu amor são azuis ou verdes. A verdade é que o cantor pode ficar descansado: todos os olhos são, na realidade, castanhos.

A melanina é um pigmento natural que determina a cores do nosso corpo, como o tom da pele, dos cabelo e dos olhos. Quanto maior a concentração de melanina, mais escura será a tonalidade nesses três quesitos. Só que a melanina é uma substância naturalmente marrom. Na pele e no cabelo, isso é fácil de visualizar: as cores naturais são todas derivadas desse tom, sendo mais claras ou mais escuras, mais rosadas ou mais amareladas.

Nos olhos, os tons de azul, verde, amarelo e cinza não tem nada de pigmento – novamente, quem está em ação é apenas a melanina e seu tom amarronzado de sempre. Então como olhos parecem tão coloridos? Para explicar o fenômeno é preciso misturar biologia e física, como afirma o especialista Dr. Gary Heiting, ao especial Color Scope da CNN.

Como na pele e no cabelo, temos concentrações diferentes de melanina nos olhos. O pigmento se acumula em pequenas unidades separadas, os melanocistos. A quantidade de melanina que se acumula nos olhos depende da predisposição genética de cada um. Para os cientistas, cores mais “claras” de olhos são fruto de mutações genéticas que levam a um depósito menor de melanina nessas áreas.

No início da vida, recém-nascidos podem não ter produzido ainda a quantidade total de melanina que terão durante a vida – por isso muitos bebês parecem nascer com olhos azuis, que vão escurecendo ao longo do tempo.

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Essa é a parte biológica. As cores como as enxergamos vêm da física. De início, é importante lembrar que uma cor nada mais é que uma propriedade da luz interpretada por nossos olhos. Em termos simples, a cor que percebemos em um objeto é resultado dos diferentes comprimentos de onda de luz que ele reflete – o que depende do objeto ser opaco ou translúcido, da iluminação e também do pigmento com que o objeto é coberto. Esses espectros de luz são compreendidos pelos nossos olhos como as cores.

É exatamente isso que acontece com os olhos coloridos. Quanto mais melanina, mais luz é absorvida na íris. Menos luz é, portanto, refletida, e temos um olho castanho escuro.

Em um olho azul, com pouca concentração de melanina, a luz é refletida em uma proporção bem maior. Ela passa por um processo chamado de dispersão, que faz com que a luz refletida seja emitida em comprimentos de onda mais curtos. No “espectro de cores”, um comprimento curto de onda tende à cor azul. Olhos verdes e cor de mel estariam no meio desse espectro, com uma quantidade mediana de melanina, e menos luz refletida/dispersa.

A dispersão da luz é um fenômeno que não está presente só nos nossos olhos – na atmosfera, inclusive, é ele que faz com que o céu seja interpretado pelos nosso cérebro como azul.

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