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Tudo o que você queria saber sobre genoma e ninguém soube explicar

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h48 - Publicado em 30 set 2000, 22h00

O genoma é uma versão química dos manuais do proprietário dos carros 0 km: ele traz todas as instruções necessárias para montar e fazer funcionar o seu corpo. Em maio deste ano, depois de dez anos de trabalho, a ciência identificou todas as letras desse livreto. Que não é pequeno: se fosse escrito em folhas de sulfite, teria a grossura de 200 listas telefônicas com 1 000 páginas cada uma.

Os cientistas não podem ainda ler o genoma porque, mesmo depois de achar suas letras, não dominam com fluência o idioma empregado pelas células – o quimiquês. “A tradução completa”, afirma o geneticista brasileiro Crodowaldo Pavan, da Universidade de São Paulo, “vai consumir 20 anos”.

Ele também diz que, nesse meio tempo, o vocabulário genético certamente vai crescer e revelar dados que mudarão para sempre o nosso modo de vida.

Um gene, um pedaço de DNA, é uma instrução completa sobre o funcionamento do organismo e executa uma tarefa específica, como determinar a cor do olho ou a forma do nariz

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Mapear o genoma significa identificar milhares de substâncias pequenas que compõem o DNA. São designadas pelas letras A, C, G e T (siglas de adenina, citosina, guanina e timina)

O organismo humano tem cerca de 50 000 genes (ainda há dúvida sobre o total). Eles se compõem de 3,1 bilhões de pedaços pequenos de DNA, designados pelas letras A, C, D e T. Se fossem enfileirados, mediriam 1,5 m de comprimento.

Para saber mais

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https://www.genome.wi.mit.edu

https://www.ornl.gov/hgmis/project

Para que serve o mapa do genoma?

Trata-se de uma espécie de guia. Como o mapeamento revelou a composição química de todos os genes, ele vai ajudar os cientistas a descobrir exatamente como os genes trabalham.

Ele pode levar à cura do câncer ou do diabete?

Já se conhecem quase 4 000 enfermidades associadas aos genes. Entre elas, o diabete e alguns tipos de câncer, como o da mama e o do cólon. Os médicos estão estudando centenas desses genes patogênicos para tentar corrigir os seus “defeitos” e, com isso, eliminar as doenças provocadas por eles.

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Só as doenças hereditárias podem ser combatidas?

Não. Muitos males aparecem quando os genes são danificados por toxinas como o alcatrão do tabaco, ou por radiação, como sol em excesso. Esses danos poderão ser reparados. É possível até implantar genes que estimulem o crescimento dos ossos e soldar fraturas.

É viável ressuscitar animais extintos, como o tigre-da-Tasmânia ou a ave Dodô?

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Desde que se encontre material genético bem preservado desses animais, seus genes poderão ser colocados em uma célula que se reproduzirá por meio da clonagem e se tornará um embrião. O filhote nascerá de uma mãe de aluguel. O que já se aprendeu com o mapeamento do genoma ajudará muito.

E clonar gente?

A experiência nunca foi feita, mas é possível. Em princípio, pode-se até congelar os genes de um cidadão e “ressuscitá-lo” após a morte. Não será a mesma pessoa: só o corpo é copiado na clonagem.

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Dá para largar o álcool ou aumentar a inteligência?

Como tudo no corpo funciona sob o comando dos genes, nada impede que se implante nas células de alguém uma “ordem” que corte os vícios de beber e de fumar, ou que aprimore os dotes intelectuais de um indivíduo. O desafio será encontrar os genes exatos para a tarefa certa.

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