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Último teste para um transplante de cabeça foi feito. E deu certo

Médico italiano Sergio Canavero afirmou que transplante e reconexão da cabeça com um corpo sem vida funcionou. Próximo passo é "transplante formal"

Por Victor Caputo, de Exame.com
22 nov 2017, 11h53

O médico italiano Sergio Canavero, que pretende fazer o primeiro transplante de cabeça da história, afirmou que o procedimento foi bem-sucedido em um treinamento feito em cadáveres. Canavero caracterizou o teste como o “último passo para um transplante de cabeça formal”, de acordo com o britânico The Telegraph.

O teste bem-sucedido revela que a técnica desenvolvida por Canavero, apesar de muito controversa, pode funcionar. O transplante de cabeça envolverá um trabalho delicadíssimo de conexão envolvendo a espinha, diversos nervos e vasos de sangue. De acordo com o médico, a equipe tem como objetivo realizar o trabalho em 18 horas.

O responsável pelo teste foi o doutor Xiaoping Ren, da Harbin Medical University, na China. É importante lembrar que o médico foi o responsável por realizar um transplante de cabeça entre macacos.

“Todos disseram que seria impossível. Mas a cirurgia deu certo”, disse Canavero em um pronunciamento realizado em Viena, na Áustria. De acordo com o médico, um trabalho formal será publicado em uma revista científica explicando e detalhando o procedimento e os resultados.

Testes usando transmissão de eletricidade mostraram que as conexões entre nervos, a cabeça e o corpo funcionaram. De acordo com o médico italiano, o próximo passo é fazer o mesmo procedimento em um paciente vivo.

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Esse paciente já foi selecionado — e faz algum tempo.

O russo Valery Spiridonov é o voluntário para participar do primeiro transplante de cabeça da história. Ele sofre uma doença muscular terminal chamada Síndrome de Werdnig-Hoffman.

“Tenho muito interesse em tecnologia e qualquer assunto progressivo que possa mudar a vida das pessoas para melhor”, disse Sporidonov em uma entrevista ao Russia Today em 2015.

Também em 2015, o médico Sergio Canavero havia previsto que o transplante da cabeça de Spiridonov para um corpo que tivesse tido morte cerebral fosse acontecer em 2017.

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Os planos de um transplante de cabeça (ou de corpo, se preferir) foram anunciados por Canavero em 2013. O especialista é diretor do grupo de neuromodulação avançada de Turim, da Itália.

A ideia de Canavero já foi bastante contestada entre especialistas. No passado, o presidente da Associação Americana de Neurocirurgiões, Dr. Hunt Batjer, chegou a dizer à CNN que não aceitaria passar por esse procedimento: “Existem muitas coisas piores do que a morte”.

Apesar dos testes supostamente bem-sucedidos de agora, Canavero e sua equipe ainda não divulgaram uma data para o transplante acontecer.

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Este conteúdo foi originalmente publicado em Exame.com

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