A novidade era tão grande que levou sete anos até os cientistas acreditarem nela. Agora que o trabalho foi finalmente publicado, ninguém mais duvida e fiquei famosa. “Foi assim que a bióloga Christina Sandoval falou, por telefone, à SUPER, sobre o impacto de sua descoberta: uma aranha que constrói teias sob medida para as presas. De manhã, ela tece uma rede aberta, para caçar cupins. No final da tarde, quando o alimento mais abundante são minúsculas moscas, parecidas com as drosophias da banana, ela faz a malha mais fechada. Christina é paulistana e cursa pós-doutorado na Universidade da Califórnia, em Santa Bárbara, Estados Unidos. Ela observou os hábitos das aranhas da espécie Parawixia bistriata, ainda quando cursava o mestrado, em Itirapina, interior de São Paulo. “Acreditava-se que a arquitetura das teias não tinha evoluído”, comentou a bióloga. “Mas a bistriata desmente isso: ela alcançou uma forma de adaptação ao meio ambiente extremamente especializada.”