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Vespas-rainhas passam sua personalidade ao restante da colônia

Capacidade de resposta do grupo estaria associada à forma como a líder reage às situações

Por Guilherme Eler
6 mar 2017, 17h42

Tal mãe, tal filha: a personalidade de uma operária pode ser explicada pelo temperamento que a vespa-rainha possui. Seu comportamento em situações de convívio em grupo tende a ser reproduzido da mesma maneira pelas crias, desde os primeiros momentos de vida. É o que mostrou um estudo conduzido pela Universidade da Califórnia, que tinha por objetivo traçar relações entre as características individuais de cada rainha e as respostas do coletivo na defesa de seu território.

O grupo isolou 30 vespas-rainhas no interior de seus ninhos e cutucou-as 50 vezes com pequenos pincéis. Do experimento, puderam ser observadas três diferentes reações. Algumas das vespas permaneceram imóveis mesmo após o incômodo prolongado, enquanto outras simplesmente voaram para longe depois dos primeiros toques. A resposta das mais agressivas foi utilizar seu ferrão para atacar a ferramenta.

Após a análise do humor das chefes, foi a vez de ver como reagiriam as subordinadas. Para isso, os pesquisadores colocaram no interior do ninho uma espécie de pêndulo, interpretado como potencial predador pela colônia de vespas. As caixas eram agitadas e as operárias podiam eclodir seus ovos. Estavam, então, livres para interpretar e reagir pela primeira vez à situação criada, seja permanecendo inertes ou atacando.

As operárias que ficaram menos incomodadas com a presença do predador estavam ligadas às rainhas que mais ignoraram os estímulos, se mantendo na guarda do ninho mesmo após várias interações com o pincel. Isso se repetiu com as outras líderes testadas. Seu comportamento, seja permanecendo ou deixando o ninho, refletia o do restante da colônia.

Apesar do resultado depender do tipo de predador, o experimento é capaz de estimar também a probabilidade de sucesso de cada colônia em uma situação de ataque. Para as vespas-rainhas, voar para fora do ninho representa a fuga, enquanto o mesmo ato é interpretado pelas operárias como uma deixa para o ataque em massa. Uma chefe mais irritadiça, por exemplo, teria maior tendência em ficar e lutar, interferindo na capacidade de reação de todo o grupo.

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