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Viagem ao centro da Terra

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h50 - Publicado em 22 dez 2004, 00h00

Ângela Pimenta

Munidos com uma parafernália de escavadoras, sensores de última geração e satélites, uma centena de cientistas americanos, japoneses e europeus tenta realizar uma conquista inédita: atingir – e principalmente cutucar – o centro da Terra.

No terreno da ficção, há 150 anos o francês Júlio Verne escrevia o romance Viagem ao Centro da Terra, a história do amalucado professor Lidenbrock, que encontra uma passagem sob um vulcão adormecido na Islândia e, a partir dela, faz uma fantástica jornada rumo ao coração do planeta.

Agora, em pleno século 21, chegou a vez de a ciência abraçar a missão. Uma das principais tarefas do projeto Earthscope (Terrascópio) é perfurar a chamada falha de San Andreas.

Localizada no extremo oeste americano, San Andreas é uma fenda geológica que rasga o estado da Califórnia de norte a sul, espalhando-se pelo subterrâneo de metrópoles como São Francisco.

A fenda geológica é responsável pelos terremotos que aterrorizam a Califórnia. Em 1989, o maior deles causou 65 mortes e um prejuízo estimado em cerca de 3 bilhões de dólares.

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No último mês de setembro, um time de geólogos liderados por Stephen Hickman conseguiu fazer uma perfuração de 2,16 quilômetros de profundidade na cidadezinha de Parkfield, na região central do Estado.

Sacudida por nada menos que seis grandes tremores no último século, sem nenhuma modéstia, Parkfield se considera a “capital mundial dos terremotos.”

Em Parkfield, os cientistas do Terrascópio têm recolhido amostras para decifrar a composição química das rochas e a variação de temperatura em maiores profundidades, para melhor compreender e prever terremotos, como o temido Big One, que, segundo muitos acreditam, será forte o bastante para separar a Califórnia do restante dos Estados Unidos.

Contando com uma verba de 319 milhões de dólares, bancados pelo governo americano, a equipe do Terrascópio tem pelo menos mais 15 anos de trabalho pela frente. Ao final do projeto e com a ajuda de uma rede de 800 sismógrafos espalhados pelo país, eles deverão ter mapeado todo o subterrâneo da América do Norte.

Difícil de quebrar

Onde fica e como funciona o Terrascópio

Subterrâneos da América

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Com uma rede de 800 sismógrafos espalhados por todo o país, os cientistas do projeto Terrascópio querem mapear o subsolo dos Estados Unidos até o fim da próxima década

Sob a terra

A broca da torre de perfuração do Terrascópio deve escavar até uma profundidade de 3,2 quilômetros, recolhendo amostras e fazendo medições geofísicas de rochas, gases e fluidos subterrâneos

Na superfície

Parkfield, na Califórnia, foi escolhida para abrigar o Terrascópio por estar bem em cima da falha de San Andreas, região geologicamente instável e extremamente sujeita a terremotos

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