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Vulcões podem dar um ano de aviso antes de supererupções

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Atualizado em 11 mar 2024, 11h03 - Publicado em 25 jul 2016, 18h53

Pesquisadores norte-americanos fizeram uma descoberta que pode salvar milhões de vidas. Eles constataram, a partir de uma análise de cristais vulcânicos, que a humanidade terá um ano para se preparar antes de ocorrer a próxima supererupção de um vulcão.

Ao contrário de erupções convencionais, as supererupções podem destruir continentes, desencadear eras glaciais e, potencialmente, pôr fim à civilização humana. Elas são formadas quando o magma do manto sobe para a superfície, mas não consegue rompê-la. A partir disso, uma “piscina” de magma é construída até que a superfície não consegue mais conter a pressão e explode.

Atualmente, as erupções comuns ocorrem com pouco ou nenhum aviso. Alguns sinais geológicos, como a deformação do solo, a liberação de gases sulforosos e terremotos, ajudam os cientistas a determinar quando um vulcão irá explodir. No entanto, isso é notado poucos dias antes de acontecer a erupção.

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Para chegar à conclusão sobre o tempo de explosão, os pesquisadores analisaram os cristais de quartzo formados durante uma supererupção que aconteceu 760 mil anos atrás em Long Valley Caldera, na Califórnia. Eles decidiram estudar esses cristais, pois neles está gravado todo o processo de erupção do vulcão.

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De acordo com o estudo, após a supererupção de um vulcão, a câmara de magma demora um tempo para encher totalmente – alguns acreditam que pode levar dezenas de milhares de anos. Quando a câmara enche, ela começa a acumular gases que provocam a pressão necessária para a explosão. Depois, diferentes partes do magma começam a esfriar e sofrem mudanças de pressão. É durante esse processo que os cristais de quartzo se formam.

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Pouco antes de o magma romper a superfície, ocorre uma queda rápida de pressão e o gás dissolvido começa a escapar do magma líquido. Os cientistas afirmam no estudo que “a cristalização marca o início da descompressão e isso ocorre dentro de um ano até que a erupção aconteça”.

Assim, se essa pesquisa se mostrar verdadeira em futuros estudos, será possível descobrir quando irá ocorrer uma supererupção a partir do reconhecimento da expansão do magma na superfície. “Supererupções são descritas como um dos maiores perigos geológicos”, afirmam os pesquisadores no artigo. “Compreender os riscos potenciais associados a supererupções é um exercício geológico necessário”.

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