Brasil tem o 5º Big Mac mais caro do mundo
Opa. Chegou a edição 2013 do Índice Big Mac. Pra quem não conhece, é uma sacada da The Economist, a segunda melhor revista do mundo. Os jornalistas pesquisam o preço do Big Mac em vários países e convertem em dólar. Como em qualquer canto o Big Mac consiste em dois hambúrgueres-alface-queijo-molho especial-cebola-pickles-no pão com gergelim, […]
Opa. Chegou a edição 2013 do Índice Big Mac. Pra quem não conhece, é uma sacada da The Economist, a segunda melhor revista do mundo. Os jornalistas pesquisam o preço do Big Mac em vários países e convertem em dólar. Como em qualquer canto o Big Mac consiste em dois hambúrgueres-alface-queijo-molho especial-cebola-pickles-no pão com gergelim, ele deveria custar basicamente a mesma coisa em todo lugar. Mas não. O preço em dólar varia ferozmente. E dá uma ideia sobre o custo de vida planeta afora.
A tabela aqui embaixo mostra os valores sempre em relação ao preço do Big Mac nos EUA. Tipo: lá ele custa US$ 4,37. No Brasil, US$ 5,64 (R$ 11,25). Então o que você vê na tabela é que o nosso Big Mac sai 29% mais caro que o dos americanos. Os preços em si estão no link logo ali mais embaixo. Bom, o nosso é o quinto mais caro do mundo. No ano passado, estávamos em quarto. Mas a estreia da Venezuela no ranking, direto no primeiro lugar, “tirou uma posição” da gente. Assim não dá, Chávez!
Agora, ao ranking. A Venezuela lidera com seu Big Mac de R$ 18, bem mais que os nossos R$ 11,25. Lá na China, custa só R$ 5,20. E a Índia provavelmente tem o Big Mac mais louco do mundo: lá ele chama “Mac Marajá” e o hamburguer é de frango (claro). E o Big Mac mais louco também é o mais barato. Preço de coxinha: R$ 3,50.
Ah, a Economist acabou de montar uma versão interativa do índice. Ficou um tesão: https://www.economist.com/content/big-mac-index
Tem mais: o Índice também serve para mostrar eventuais distorções no câmbio. O real, então, estaria valendo “mais dólares do que deveria” – 29% a mais, já que essa é a diferença entre os preços dos Big Macs. Isso significa que a taxa de câmbio “certa” deveria de R$ 2,58. Mas calma aí. O cálculo não é tão científico. O dólar também pode estar “mais desvalorizado do que deveria” – ainda mais com as dificuldades que os EUA têm enfrentado há meia década. Seja como for, o índice mostra uma tendência, pelo menos. No caso do Brasil essa tendência é a de que o dólar acabe subindo. No da China, caindo.
Mas os motivos para que a mesma coisa seja mais cara num país do que em outro vão bem além de “distorções no câmbio”, você sabe. O preço do frete, por exemplo, conta. Os ingrediantes, afinal, não chegam andando à lojas do Mac. E o frete na China é absurdamente mais barato que aqui. Ou seja: aquilo que a gente chama de “custo Brasil” é, provavelmente, o que mais conta no nosso caso. Igual o “custo Islândia” contava no caso da ilha gelada, a mais tradicional líder do Big Mac Index. O país saiu da lista por que não tem mais McDonald´s lá. Depois da crise de 2008, a Islândia empobreceu tanto que não valia mais a pena para o McDonald´s manter as três lojas que mantinha no mais boreal dos países. Mas essa é outra história.
Bom carnaval (: