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Por Alexandre Versignassi
Blog do diretor de redação da SUPER e autor do livro "Crash - Uma Breve História da Economia", finalista do Prêmio Jabuti.
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Caso “Richthofen na cracolândia” é uma aula de fake news

Cobertura da situação de Andreas von Richthofen, irmão de Suzane, mostra em tempo real como as notícias falsas nascem, crescem e se reproduzem

Por Alexandre Versignassi Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
31 Maio 2017, 17h05

As notícias sobre o Andreas von Richthofen mostraram em tempo real como é o processo que faz surgir notícias falsas.

Primeiro saíram os fatos reais: ele foi encontrado no jardim de uma casa que tinha invadido, em Santo Amaro, todo ferrado, alucinando.

Depois algum editor esperto colocou que ele tinha sido achado em “uma cracolândia”. Não chega a ser incorreto. Se a casa invadida ficava perto de algum dos vários centros de consumo de crack da cidade, faz sentido, e chama mais a atenção. Tanto chama que, aí, com a palavra “cracolândia“, a notícia bombou de vez.

Mas logo o termo sofreu uma mutação. O artigo indefinido “uma”, de “uma cracolândia”, foi sendo paulatinamente trocado pelo artigo definido “a”, de “A cracolândia”. A da Luz, a do Doria, a da Craco Resiste, a que mudou da Dino Bueno para a Praça Princesa Isabel. A Big One.

No ambiente digital, essa mutação foi tão benéfica para a geração de cliques quanto o bipedismo foi para a adaptação dos hominídeos à savana: mudou tudo. A supressão do artigo uniu o caso Richthofen ao caso cracolândia, e o assunto virou um Godzilla: um mutante radioativo mais forte que qualquer outro assunto – e a essa altura quase tão fictício quanto o próprio Godzilla.

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