A análise (quase) definitiva do novo iPhone
Vamos lá: 1. A internet rápida, 3G, é animal. Finalmente vai dar para surfar decentemente sem depender de uma conexão Wi-Fi. Só não consigo entender como a Apple demorou tanto para adotar uma tecnologia tão crucial. Ao lançar o iPhone 1.0, ano passado, Steve Jobs alegou problemas técnicos – a tecnologia 3G supostamente gastava muita […]
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Vamos lá:
1. A internet rápida, 3G, é animal. Finalmente vai dar para surfar decentemente sem depender de uma conexão Wi-Fi. Só não consigo entender como a Apple demorou tanto para adotar uma tecnologia tão crucial. Ao lançar o iPhone 1.0, ano passado, Steve Jobs alegou problemas técnicos – a tecnologia 3G supostamente gastava muita energia. Que nada… Eu testei o primeiro celular do tipo a chegar ao Brasil, em 2005. E a bateria dele durava pra chuchu.
2. O GPS é meia-boca. Outra novidade superimportante, que o iPhone estava devendo. Mas, como você pode conferir nesse vídeo, parece que o GPS é mudo – não indica os caminhos com instruções de voz. Ou seja, não serve pra usar no carro. Talvez alguém crie um software para remediar isso. Tomara.
3. O design melhorou. Agora, a parte traseira do iPhone é de plástico (antes era de metal). Eu tenho a impressão de que, na prática, a mudança é positiva: o novo formato, ligeiramente abaulado, realmente parece mais anatômico – veja aqui. E o novo acabamento, principalmente no iPhone branco, vai reduzir bastante as marcas de dedos durante o uso do aparelho. Pra completar, a saída para fones de ouvido foi reformulada. Era impossível conectar o iPhone original a um aparelho de som sem utilizar um adaptador. Esse problema acabou.
4. O novo preço é show. Muito show. Pelo mesmo valor dum iPod nano de 8 GB, compra-se um iPhone de mesma capacidade. Irresistível. E o iPhone de 16 GB abaixou 40%: passou de US$ 500 para US$ 300. Como todo mundo, eu sonhava com uma versão mais espaçosa, com pelo menos 32 GB, que não rolou. Mas já fiquei tentado a trocar meu celular por um iPhone. Só não faço isso, agora, porque…
5. O novo iPhone ainda não pode ser destravado. Pelo menos, não por enquanto: o ZiPhone, software que todo mundo usa para desbloquear o celular da Apple, ainda não é compatível com a nova versão do iPhone. Meus colegas, que estão loucos para trocar seus iPhones antigos, dizem que é só uma questão de tempo. Verdade. Mas quanto tempo? Não subestimem o poder da Apple… lembrem-se de que o desbloqueio do primeiro iPhone foi lento e sofrido.
6. Os softwares atuais não rodam na versão 3G. Até que o bicho seja destravado, não dá para instalar as centenas de programas não-oficiais que rolam na internet. E alguns deles são muito bacanas. Para remediar o problema, Steve Jobs lançou a AppStore – uma lojinha virtual que vende softwares “oficiais” para o iPhone, por 10 dólares cada um.Mas, por enquanto, seu acervo tá bem fraco.
7. E o lançamento no Brasil tá confirmado, mas as condições não. Na lista oficial divulgada pela Apple, não existe data certa para a chegada do iPhone 3G ao nosso país. Pelo que Steve Jobs disse, ele vem até o final do ano. Mas com que preço? Tudo vai depender do que os hackers conseguirem fazer para desbloquear o aparelho, e também da boa-vontade da operadora Claro (que fechou contrato com a Apple). Teoricamente, deve custar menos de R$ 800. Mas só deus sabe.
* * *
Resumo da ópera: se você já tem um iPhone, espere antes de trocar – aguente um pouco até que o modelo 3G seja destravado, ou pelo menos lançado oficialmente, no Brasil. E não instale, pelo amor de deus, a atualização que a Apple vai começar a distribuir via internet – ela pode bloquear o seu celular. Ufa! Logo mais voltamos pra falar sobre o “Snow Leopard”, nova versão do sistema operacional do Macintosh. Aquele abraço!