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Por Bruno Garattoni
Vencedor de 15 prêmios de Jornalismo. Editor da Super.
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China inaugura laboratório a 2,4 km de profundidade; veja vídeo

Jinping Underground Lab II fica dentro de uma montanha, isolado por uma gigantesca camada de mármore, e vai investigar um elemento misterioso da física: a matéria escura.

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Atualizado em 26 dez 2023, 17h28 - Publicado em 26 dez 2023, 16h00

Jinping Underground Lab II fica dentro de uma montanha, isolado por uma gigantesca camada de mármore, e vai investigar um elemento misterioso da física: a matéria escura.

Planetas, estrelas, galáxias, gases, poeira, corpos celestes de todos os tipos. Somadas, todas as coisas observáveis do Universo compõem apenas 5% dele. O resto é formado por duas coisas estranhas: a chamada energia escura, que compõe 68% do Universo, e a matéria escura, que completa os outros 27%.  

A ciência sabe que elas existem porque, pelas regras da matéria “normal”, a expansão do Universo já deveria estar desacelerando (a gravidade faz com que os pedaços de matéria atraiam uns aos outros, e se espalhem menos). Mas o que acontece na prática é o contrário: a expansão do Universo está ficando mais rápida. 

A resposta para isso está na energia e na matéria escuras: colocando-as na equação, a conta fecha. Até hoje, ninguém conseguiu observá-las diretamente. Mas há cientistas tentando: o China Dark Matter Experiment (CDEX) busca detectar partículas hipotéticas, como axions, neutralinos e partículas de Kaluza-Klein, que podem fazer parte da matéria escura.   

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Ele começou em 2010, e até hoje não encontrou nada. Mas vai ganhar uma versão maior e mais poderosa na nova ala do China Jinping Underground Lab II (CJPL-II), o laboratório mais profundo do mundo, inaugurado há duas semanas na China. 

A expansão é 50 vezes maior que o laboratório inicial, escavado em 2010 dentro das montanhas Jinping em Sichuan, no sudoeste da China. O laboratório fica 2,4 km abaixo da superfície, protegido pela rocha da montanha.

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E essa rocha é mármore, extremamente isolante: barra quase totalmente os raios cósmicos que chegam à Terra. Isso protege o CDEX de interferências – e permite que ele tente detectar o mínimo indício das tais partículas hipotéticas. Isso também vale para os sensores do experimento PandaX, que está sendo conduzido no laboratório subterrâneo, e também procura matéria escura. 

Segundo os cientistas chineses, o laboratório de Jinping recebe 99% menos radiação cósmica que o de Gran Sasso, na Itália, que costumava ser o maior centro de pesquisas subterrâneo do mundo. 

O laboratório chinês aproveitou a construção de uma usina hidrelétrica, a Jinping II, que exigiu a escavação de sete túneis nas montanhas (para escoamento de água e transporte de máquinas). Cientistas da Universidade Tsinghua, em Pequim, tiveram a ideia de montar um centro de pesquisa dentro do sétimo túnel – que, agora, foi drasticamente ampliado.

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