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Bruno Garattoni

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Vencedor de 15 prêmios de Jornalismo. Editor da Super.

Relógio da Apple terá versões de US$ 350 a US$ 10 mil; veja quais são

Acabou de terminar a apresentação do tão esperado Apple Watch, nos EUA. O evento começou falando de aplicativos. Um da HBO, que dará acesso a toda programação da emissora (nos Estados Unidos) e vai custar 15 dólares por mês (idem) e cinco novos apps médicos, desenvolvidos em parceria com instituições de pesquisa. Parecem meio invasivos – […]

Por Bruno Garattoni Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 4 set 2024, 09h18 - Publicado em 9 mar 2015, 17h34

Acabou de terminar a apresentação do tão esperado Apple Watch, nos EUA. O evento começou falando de aplicativos. Um da HBO, que dará acesso a toda programação da emissora (nos Estados Unidos) e vai custar 15 dólares por mês (idem) e cinco novos apps médicos, desenvolvidos em parceria com instituições de pesquisa. Parecem meio invasivos – tanto que a Apple fez questão de dizer que não tem acesso aos seus dados. E-health ainda é uma coisa controversa.

Depois veio o novo Macbook Air, que agora se chama apenas Macbook. Ele é incrivelmente fino. Na parte mais grossa, a de trás, tem apenas 1,3 cm de espessura (24% menos que o já esbelto antecessor). Na parte da frente, parece um pedaço de papel. Bem impressionante. Isso só é possível porque a máquina tem algumas inovações físicas: a placa-mãe é 67% menor, e a bateria é esculpida em camadas, para aproveitar ao máximo o espaço interno. O notebook pesa 900 gramas, 180 a menos que o antecessor, tem tela de 12 polegadas do tipo “Retina” (2304×1440 pontos) e um teclado diferente, 40% mais fino. Pelo vídeo da Apple, as teclas parecem ter curso menor (ou seja, “afundam” menos durante a digitação, o que pode ser um problema). A conferir.

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Mas o mais polêmico é que o novo Macbook tem apenas UMA porta, que substitui absolutamente todas as outras: USB, HDMI, DVI, energia… A Apple com certeza venderá um adaptador que permita usar essas coisas ao mesmo tempo (conectar o notebook a uma tv ao mesmo tempo em que você o carrega na tomada, por exemplo), mas vamos ver como funciona na prática. É uma mudança ousada. O novo Macbook estará disponível em três cores -prateado, dourado e cinza- e vai custar a partir de US$ 1.299. O Macbook Air da geracão anterior continuará sendo vendido (a US$ 899, um preço bem bom).

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Até que finalmente chegou a hora do Apple Watch. Ele terá Apple Pay, ou seja, poderá ser usado para pagar compras (em estabelecimentos que aceitem essa tecnologia; 900 mil nos EUA, segundo a Apple), e como tíquete de embarque quando você for viajar de avião. Basta passar o seu pulso num leitor. Bem bacana. A questão da segurança ficou meio em aberto -o que acontece se o relógio for roubado ou perdido? Afinal, o Apple Watch não tem leitor de digitais, como o iPhone. Em tese, seria possível usar o sensor cardíaco do relógio como autenticador (porque a sua frequência cardíaca oscila num padrão único, só seu). A pulseira Nymi já usa essa tecnologia. Mas a Apple não disse nada a respeito. Se precisar de senha, o Apple Pay será um pouco menos legal.

A Apple também mostrou um pouco melhor como o relógio funciona, e pra que serve. Você pode ver sua agenda, cotações de ações, resultados esportivos, tuites e horários de voos. E também, eis o pulo do gato, as notificações de qualquer um dos apps instalados no seu iPhone. Pense em quantas vezes você tira o celular do bolso a cada dia, e quantas são porque o telefone tocou/vibrou com alguma notificação. Com o relógio, dá pra ver tudo isso só virando o pulso. Uma dúvida é como isso será gerenciado. Se todos os apps começarem a bombardear o relógio com notificações, você vai ficar doido (e a bateria vai acabar rapidinho). Já se nenhum deles fizer isso, e as notificações “de pulso” tiverem de ser autorizadas uma a uma, será um saco. O ideal é que o iOS tenha uma certa inteligência e decida sozinho o que fazer nos principais casos.

Por falar em bateria, a Apple foi lacônica nesse aspecto. Tim Cook disse apenas que dura “o dia todo”, sem especificar tempo e condições de uso, e já emendou dizendo como o carregador é bonito e prático (‘gruda’ magneticamente ao relógio). Porque, provavelmente, você terá de usá-lo muito.

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O Apple Watch será lançado dia 24 de abril em nove países -o Brasil não é um deles-, e terá três versões. A Sport, feita de alumínio (US$ 349 no modelo menor, mais feminino, e US$ 399 o maior, mais masculino).  A Collection, feita de aço (US$ 550 a US$ 1100). E a inacreditável versão de ouro maciço, “a partir de US$ 10 mil”. Dez mil dólares é uma fortuna, inclusive para os relógios tipo Rolex, que duram para sempre e passam de geração em geração. Imagine para um gadget que fica obsoleto após dois ou três anos. O Apple Watch de ouro é meio que uma brincadeira, para gerar buzz.

Os relógios inteligentes não são, nem de longe, revolucionários como os smartphones foram. Não vão mudar a vida de ninguém (e é chato ter que ficar se preocupando em recarregar sua bateria). Mas são úteis e tornam mais fácil e agradável o uso do celular. Os modelos com Android já estão no mercado há um ano e ainda não emplacaram, mas o Apple Watch deve vender bem – inclusive porque, queira-se ou não, tende a virar um símbolo de status.

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