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Bruno Garattoni

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Vencedor de 15 prêmios de Jornalismo. Editor da Super.

Retrospectivas 2013: 10 momentos mais importantes da tecnologia

Bem, amigos! Estamos chegando ao final de mais um ano. Ok, ainda faltam algumas semanas. Mas já é hora de fazer uma retrospectiva do que mais relevante -e interessante- aconteceu no mundo da tecnologia em 2013. Vamos lá: 10. A Apple e o fim das senhas Mais um ano, mais um iPhone, e mais uma […]

Por Bruno Garattoni Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 20 ago 2024, 10h54 - Publicado em 10 dez 2013, 13h04

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Bem, amigos! Estamos chegando ao final de mais um ano. Ok, ainda faltam algumas semanas. Mas já é hora de fazer uma retrospectiva do que mais relevante -e interessante- aconteceu no mundo da tecnologia em 2013. Vamos lá:

10. A Apple e o fim das senhas
Mais um ano, mais um iPhone, e mais uma vez a sensação de que pouco mudou. Conservadora como sempre, a Apple não quis mexer muito no hardware e no design de seu maior produto. Mas trouxe uma novidade relevante: o sensor de digitais do iPhone 5S, que dispensa o uso de senhas. Uma ideia genial – pois é justamente no smartphone, um aparelho que você trava e destrava muitas vezes por dia, que o uso de senhas mais incomoda. Por enquanto, o sensor da Apple só serve para liberar acesso ao iPhone e autorizar compras na iTunes Store. Mas é possível que, no futuro, a leitura dos dedos venha a substituir todas as senhas de internet. Uma solução elegante para o problema das senhas, esse anacronismo da vida digital.

E também um grande risco. As senhas tradicionais são algo secreto, que só você conhece, e sempre podem ser mudadas. Já as impressões digitais… você vive espalhando as suas em locais públicos, onde elas podem ser coletadas por hackers, e não tem como alterá-las. Imagine o que pode acontecer se alguém tivesse acesso à sua impressão digital, e assumisse o controle da sua vida na internet – sem que você pudesse fazer nada. Distopia.

9. OLED quae sera tamen
Lembro de quando vi a primeira TV de OLED. Era uma Sony com tela ridiculamente pequena, 11 polegadas. Mas impressionava. As cores, o contraste e nitidez de cenas em movimento eram incríveis – anos-luz a frente das televisões de LCD ou plasma. Só que isso foi há 7 anos, séculos no mundo da tecnologia. As televisões de OLED em tamanhos decentes nunca chegavam ao mercado, porque ninguém conseguia produzi-las. Desenvolver a tecnologia necessária foi um verdadeiro pesadelo – no começo, 90% das telas OLED tinham de ser jogadas no lixo, porque já nasciam com defeitos de fabricação.

Mas, este ano, a coisa finalmente deu certo. LG e Samsung lançaram suas primeiras OLED, com telas de 55 polegadas. Os preços ainda são irreais (R$ 40 mil para a LG, R$ 45 mil para a Samsung), mas vão cair nos próximos anos. A era do OLED finalmente começou.

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8. Gadgets liberados nos aviões
A FAA, agência do governo americano que regulamenta a segurança aérea, liberou o uso de gadgets em todas as fases de voo, inclusive pousos e decolagens. Já estava mais do que na hora. O uso de aparelhos eletrônicos não interfere com a segurança dos aviões. O único gadget que realmente não pode ser usado a bordo é o celular – mas isso é para evitar problemas com as redes em terra, não com a aeronave. A liberação já foi seguida pelas autoridades de voo europeias, e deverá ser adotada também no Brasil.

7. A ressurreição da Motorola
Quando o Google comprou a Motorola, em 2011, o negócio tinha uma única explicação: ele queria ter acesso à propriedade intelectual da Moto, que inclui 12.500 patentes e é crucial para defender o Android contra eventuais processos na Justiça (principalmente vindos da Apple). Era só isso. Com produtos fracos e situação financeira grave, a Motorola em si não tinha muito valor nem esperança. Parecia destinada a morrer como a Palm, extinta um ano depois de ser comprada pela HP.

Mas o tempo foi passando, e as coisas foram mudando. A Motorola se reergueu e voltou a produzir bons celulares. Como o Moto G, que redefine o nível de qualidade dos celulares baratos, e o Moto X, melhor Android da atualidade. Surpreendente.

6. A morte da Nokia
Quando a Microsoft anunciou a compra da Nokia, em setembro, a reação geral foi de espanto. Tecnicamente, o negócio não precisava ter acontecido, pois as duas empresas já estavam trabalhando juntas e a Nokia já tinha se comprometido a usar o sistema operacional Windows Phone. Para os fãs da empresa finlandesa, o anúncio trouxe certa tristeza – porque a marca Nokia deixará de existir no mercado de smartphones. E também porque há dúvidas sobre como a Microsoft, que não consegue massa crítica no Windows Phone e luta contra os próprios erros no Windows 8, irá administrar a Nokia.

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Há uma chance de que tudo dê errado – e as qualidades da Nokia acabem anuladas pelo caos que impera na Microsoft. Também não fica claro o que ela tem a ganhar incorporando outra empresa. Afinal, seu último grande hit, o Xbox, foi desenvolvido por um time separado, que tinha bastante autonomia em relação à nave-mãe. Talvez fosse melhor, para a própria Microsoft, ter deixado a Nokia viver.

Meses após o negócio, descobriu-se que o CEO da Nokia, Stephen Elop (ex-funcionário da Microsoft), recebeu um bônus de US$ 25 milhões pelo negócio. Explica-se.

5. Nova geração de games
Não parece, mas os atuais consoles de videogame são velhos. Muito velhos. O PlayStation 3 foi lançado há sete anos, e o Xbox 360 há oito. Já estava mais do que na hora de dar o próximo passo, começar uma nova geração. E isso finalmente aconteceu este ano. Tanto o Xbox One quanto o PlayStation 4 foram lançados no Brasil junto com os demais países. O Xbox está inclusive sendo fabricado aqui e tem jogos traduzidos para o português, o que mostra como nosso mercado ganhou relevância nos últimos anos. Como o PS4 é importado e por isso paga mais impostos, seu preço (R$ 4.000) causou escândalo. Mas deve cair logo, talvez já no primeiro semestre de 2014. Não fazer isso seria entregar o mercado de bandeja para a Microsoft, o que a Sony não irá aceitar.

A grande questão é outra: os novos consoles ainda têm de provar que valem a pena. A primeira leva de jogos não é bonita nem inovadora o suficiente – na maioria dos casos, a vantagem em relação aos games atuais é difícil de perceber. Eles vão evoluir, claro. E é preciso admitir que existe um limite não tecnológico, mas financeiro. Se o orçamento de GTA V bateu em US$ 137 milhões, imagine quanto não custaria fazê-lo com gráficos fotorrealistas – que exigiriam muito mais polígonos e efeitos visuais e, portanto, ainda mais programadores e designers.

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Isso é fato. Mas também é fato que a nova geração precisa de mais impacto, tem que deixar as pessoas babando. Ainda mais agora que o mercado caminha cada vez mais enfaticamente, e mais depressa, na direção dos jogos mobile.

4.iOS 7
Jony Ive, vice-presidente de design da Apple, finalmente conseguiu o que queria: assumiu a chefia de software da empresa (antes ele só mandava no hardware). O primeiro grande projeto sob sua direção é o iOS 7, a tão esperada reformulação do sistema operacional do iPad e do iPhone, que se mantinha essencialmente o mesmo desde sua criação, em 2007.  A nova versão remedia alguns defeitos clássicos do iOS, como o sistema de notificações, e seu visual renovado seduziu as pessoas – olhe para os lados na rua e você verá que praticamente todos os donos de iPhone atualizaram seus aparelhos para o iOS 7 (mesmo nos casos em que isso deixa o aparelho lento).

O iOS 7 tem diversas inconsistências de design e elementos que precisam ser melhorados. Há pontas desamarradas em número suficiente para fazer o Android parecer mais polido e coeso (o contrário do que acontecia até 2011). Mas cumpriu sua função: dar algo realmente novo aos usuários da Apple. E, quem sabe, começar a reinventar o sistema operacional que reinventou os smartphones.

3. Revoltas de junho
A influência das redes sociais na organização de movimentos populares é um fato. Aconteceu no Occupy Wall Street, na Primavera Árabe, em outros lugares. E finalmente aconteceu no Brasil. Não dá para dizer que o Movimento Passe Livre, e as coisas que vieram depois, tenham acontecido por causa da internet. Mas ela teve um papel facilitador/amplificador. Então as revoltas de junho merecem figurar na lista das 10 coisas mais importantes no mundo da tecnologia – até porque estão entre as 10 coisas mais importantes para o Brasil no ano.

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2. Marco Civil da Internet
Ok, ele ainda não foi votado – vai ficar para 2014. Mas pelo menos o Brasil deu o pontapé inicial na discussão de um conjunto de leis para a internet. Há várias questões importantíssimas envolvidas, de tributação de empresas estrangeiras a conceitos como neutralidade da rede, livre troca de conteúdo e liberdade de expressão. É um assunto que mexe com muitos interesses, de muitos lados, e vai gerar muita polêmica. Mas é algo que cedo ou tarde o país terá de decidir. E é bom que tenha começado a fazê-lo em 2013.

1. Edward Snowden
Às vezes, a realidade é mais surpreendente do que qualquer ficção. As denúncias do ex-analista da NSA Edward Snowden, que revelou o esquema de monitoramento maciço dos Estados Unidos na internet, são um exemplo disso. Antes dos vazamentos de Snowden, ninguém acreditaria que os americanos fossem capazes de espionar tanta gente, em tantos países, e com tamanha ousadia (supostamente tendo chegado a grampear chefes de Estado). A fuga dele, primeiro para Hong Kong e depois para a Rússia, num jogo de intriga internacional que resultou na detenção do avião do presidente da Bolívia, também foi coisa de filme.

A prisão do soldado Bradley Manning, o confinamento de Julian Assange e o resultante enfraquecimento do Wikileaks pareciam ter colocado um freio na era dos vazamentos de informação altamente confidencial. Não foi assim – e o mundo deve isso a Snowden.

 

Veja todos os textos da Retrospectiva 2013 da SUPER.

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