Smartphone revela quando o dono está deprimido; veja como
Num estudo realizado pela Northwestern University, 40 pessoas (com idades entre 18 e 59 anos) concordaram em ser monitoradas ao longo de duas semanas – o que era feito por meio de um aplicativo que elas instalavam em seus smartphones. A ferramenta analisava duas coisas. O uso do celular -quais outros apps a pessoa usou, […]
Num estudo realizado pela Northwestern University, 40 pessoas (com idades entre 18 e 59 anos) concordaram em ser monitoradas ao longo de duas semanas – o que era feito por meio de um aplicativo que elas instalavam em seus smartphones. A ferramenta analisava duas coisas. O uso do celular -quais outros apps a pessoa usou, em quais horários e por quanto tempo- e também, por meio do GPS e dos acelerômetros do celular, a movimentação física de cada indivíduo: o quanto se deslocou, quanto tempo ficou em casa ou no trabalho.
Dados muito simples. Mas eles foram o suficiente para indicar, com 87% de acerto, se cada pessoa tinha ou não depressão – o que foi confirmado, depois, por uma bateria de testes psicológicos aplicados, pessoalmente, em cada um dos voluntários. Segundo os cientistas, a análise permitiu fazer associações interessantes. Quanto mais deprimida a pessoa, mais ela usa o smartphone, e menos estruturada é sua rotina (sair e voltar de casa sempre nos mesmos horários, por exemplo).
O estudo tem uma base amostral pequena, precisa ser confirmado por trabalhos maiores. Mas aponta um caminho nítido. É bem possível que, num futuro próximo, surjam aplicativos que pretendam fazer essa mesma análise: e dizer se a pessoa está triste, ou apresenta sinais de depressão clínica. Ou até mesmo que, num segundo momento, isso seja integrado ao Android e ao iOS. Muito plausível, bastante interessante – e um pouco invasivo também.