Steve Jobs bate boca com jornalista
O jornalista Ryan Tate, do site de fofocas tecnológicas Valleywag, tinha bebido um pouco na noite de sexta-feira. Ele viu um anúncio da Apple na TV, que compara o iPad a uma “revolução”. Aí, resolveu mandar um email provocando Steve Jobs. Abriu seu Gmail, digitou sjobs@apple.com (sim, é real, e sim, às vezes ele responde), e […]
O jornalista Ryan Tate, do site de fofocas tecnológicas Valleywag, tinha bebido um pouco na noite de sexta-feira. Ele viu um anúncio da Apple na TV, que compara o iPad a uma “revolução”. Aí, resolveu mandar um email provocando Steve Jobs. Abriu seu Gmail, digitou sjobs@apple.com (sim, é real, e sim, às vezes ele responde), e fustigou:
– Se Dylan [Bob Dylan, um dos ídolos de Jobs] estivesse fazendo 20 anos hoje, o que ele acharia da sua empresa? Ele acharia que o iPad tem algo a ver com “revolução”? As revoluções têm a ver com ser livre.
Duas horas e meia depois, às 0h52 de sábado, veio a primeira resposta de Jobs:
– Sim, ser livre de programas que roubam seus dados pessoais. Ser livre de programas que detonam sua bateria. Ser livre da pornografia. Sim, ser livre. Os tempos estão mudando [referência a um clássico de Dylan], e alguns caras tradicionais do mundo PC sentem que o mundo deles está sumindo. Está mesmo.
O jornalista, aparentemente já mais exaltado, respondeu com as reclamações de sempre: a Apple persegue o Flash, o iPad é um aparelho fechado, etc. Nada que Steve já não tivesse respondido em Abril, em sua carta aberta sobre o Flash. Mesmo assim, Jobs retrucou de novo à 1h39 da manhã. Seguiram-se mais seis e-mails até Jobs mandar o último, às 2h20 da manhã, com o desfecho: “Você cria alguma coisa, ou só critica os outros?” Pontapé na canela.
Pôxa. O que leva um bilionário, que está entre os homens mais influentes do mundo e é o mais brilhante de sua geração, a perder tempo discutindo com um jornalista, de madrugada e por motivos fúteis? Não faz sentido. Steve anda muito atacado.