Agora a briga esquentou. Poucos dias após a apresentação do iPad, o Google anunciou que vai desenvolver uma versão do seu sistema operacional, o Chrome OS, especialmente para tablets. De quebra, soltou
várias fotos (e um vídeo
meio tosco) mostrando como ele vai ser. O tablet do Google ainda vai demorar um pouco. Mas ao que tudo indica, será melhor do que o iPad. Veja porque.
1. Ele vai rodar Flash. O Chrome OS roda sites em Flash. Portanto, o tablet do Google também. Internet de verdade, completa, com tudo o que tem direito. Nâo dá pra entender porque o Steve continua se recusando a incluir isso no iPad (e prefere ficar xingando a Adobe, criadora dona do Flash).
2. Vai ser multitarefa. O Chrome OS tem apenas um programa – o navegador. Mas é um navegador com algo a mais: a tecnologia
Native Client (NaCl), que foi inventada pelo Google e permite rodar programas dentro do browser. Você poderá abrir quantas janelas quiser – cada uma com um aplicativo dentro. Multitarefa. Claro, hoje existem trocentos mil aplicativos para iPhone/iPad – e quase nenhum para NaCl. Mas quem sabe o Google não está desenvolvendo alguns?
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Ou então, quem sabe, ele ignora toda essa ginástica e adota o sistema operacional Android – que já é multitarefa – no tablet? Faria todo o sentido.
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3. Vai ser (um pouco) mais barato. Na configuração com chip 3G (imprescindível), o iPad sai por US$ 629. O tablet com sistema operacional do Google, que deverá ser fabricado por várias empresas -mas também pode ter uma versão ‘oficial’, feita pelo próprio -, deve ficar
em torno de US$ 500. Isso já com 3G e outras coisas que o iPad não tem, como GPS e saída HDMI, para conectar numa tv de alta definição. O importante é: com a competição entre vários fabricantes, o preço tende a cair bastante (veja o que aconteceu com os netbooks).
4. E pode ter uma tela melhor. Qualquer empresa pode usar o Chrome OS. Por isso, é muito provável que surjam tablets rodando o sistema do Google e com novas tecnologias de tela, como Pixel Qi e Mirasol. Elas são ótimas pra ler, como o papel eletrônico. Só que têm a mesma resolução, velocidade e cores do LCD tradicional. E, principalmente no caso da Pixel Qi (pronuncia-se “pixel chi”), são baratas. Ou seja, potencialmente revolucionárias. Já no mundo Apple, é improvável que o iPad adote uma nova tecnologia de tela. Deve continuar como LCD nos próximos 2 anos.
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Em suma: a intenção é clara. Tão clara que o vídeo do Chrome OS para tablets mostra até recursos de multitoque – tecnologia que o Google sempre hesitou em usar (havia um acordo informal com a Apple, que acaba de ser rompido). O iPad saiu na frente, tem a vantagem do design e dos aplicativos.
Mas a concorrência será pesada.