Aos 30, você vai ter menos amigos – e tudo bem
Sua popularidade foi embora junto com seus 20 e poucos anos? Bem, não se preocupe, a ciência garante: é normal. A maioria das pessoas perde mesmo alguns amigos quando vai se aproximando dos 30 anos. É que a prioridade deixa de ser a quantidade e passa a ser qualidade.
Foi o que aconteceu com 200 participantes de uma pesquisa americana. Lá pelos anos 1970, quando todos tinham um pouco mais do que 20 anos, eles mantiveram um diário por duas semanas, contando como andava a vida social (quantas pessoas encontravam, conversavam, etc). Dez anos depois, refizeram a mesma brincadeira.
Nessa última vez, as pessoas relataram encontros com bem menos amigos. Mas isso não era necessariamente ruim. As amizades traziam muito mais alegrias e cumplicidade a eles do que aquela multidão de conhecidos com quem saíam aos 20 anos.
É que na juventude, recém-saído da adolescência, a personalidade ainda não está muito bem formada. E cada amigo pode ter traços pessoais que você também deseja ter – e copiar (mesmo que seja só por 15 dias). Aí você se envolve com todo mundo. Mas o tempo passa, você se conhece mais, sabe do que gosta ou não. E começa a selecionar mais os amigos.
O resultado disso é uma velhice mais feliz e saudável. Quando já tinham mais de 50 anos, cem desses mesmos participantes toparam reencontrar os pesquisadores. Eles participaram de testes para medir sua saúde psicológica (se andavam solitários, depressivos). E aqueles que seguiam essa tendência (muitos amigos aos 20, poucos e bons amigos aos 30) eram os mais felizes da turma.
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