Morar em um país menos conservador faz bem para a saúde
Alô, Brasil, a ciência adverte: viver num país conservador pode fazer mal para a sua saúde.
O aviso vem de um estudo americano. Por lá, os felizes cidadãos que vivem em estados administrados por governos liberais (equivalente aos de esquerda daqui), que priorizam os direitos sociais e se abrem para temas polêmicos, como legalização da maconha, aborto e casamento gay, levam uma vida mais saudável.
É que nesses lugares, os programas sociais têm mais força e as comunidades mais pobres e isoladas recebem mais apoio. Mas até os mais ricos, que não precisam dessa ajuda, sentem os benefícios: aqueles que vivem em cidades liberais têm hábitos mais saudáveis (bebem e fumam menos e se exercitam mais). Dá pra entender o motivo das bebedeiras entre os cidadãos governados por conservadores…
Os pesquisadores chegaram a essa conclusão depois de combinar os dados de três estudos diferentes: uma delas avaliava a saúde dos participantes (Behavioral Risk Factor Surveillance System), outra media os níveis de confiança social (Gallup Healthways Survey), e a última checava as taxas de liberalismo e conservadorismo nos estados americanos. No total, mais de 450 mil pessoas foram incluídas na pesquisa.
É, por aqui a coisa não anda fácil. Nosso Congressos é o mais conservador desde 1964. E para piorar, há ainda quem saía às ruas para pedir a volta da ditadura – ou torça para que a Presidência caía no colo de Bolsonaro. Pensem nisso, amigos.
(Na foto, o ex-presidente do Uruguai, Pepe Mujica. Segundo a Economist, as reformas feitas no Uruguai fariam do mundo um lugar melhor.)
Crédito da foto: flickr.com/home_of_chaos/
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