Um estudo publicado em 2015 mostrou que em eleições ocorridas na Austrália, na União Europeia, na Finlândia e nos Estados Unidos, políticos mais orientados à direita tendem a ser mais atraentes que políticos à esquerda – e que isso também garante a eles mais votos.
Mais recentemente, pesquisadores da Universidade de Helsinque, na Finlândia, investigaram se o mesmo ocorria com intelectuais acadêmicos. A ideia era entender se a orientação política caminha junto com a atratividade em diferentes grupos sociais.
O resultado é que os políticos mais inclinados à direita continuaram a ser mais bem avaliados em termos de atratividade. Ao mesmo tempo, entretanto, acadêmicos que tendem à esquerda foram considerados mais atraentes que seus pares da direita.
Embora não tenham sido indicados como os mais bonitos no meio acadêmico, os pesquisadores mais à direita eram mais arrumados e produzidos. Uma das conclusões dos finlandeses foi de que “no meio acadêmico, a aparência parece não ter muita relevância”, declarou Jan-Erik Lönnqvist, chefe da pesquisa. “E isso não é nada alarmante. O que dá medo é o alto grau de importância dado à aparência nas eleições”, completa.
Ou seja, a primeira razão para que políticos à direita sejam mais bonitos pode ser o peso que a imagem tem para que eles sejam escolhidos como candidatos dentro dos partidos e para que sejam votados pelo eleitorado de direita.
De acordo com Lönnqvist, estudos anteriores indicam que a aparência tem o dobro de importância para o sucesso de políticos de direita. Ainda de acordo com o finlandês, a estampa dos políticos tende a ser um fator menos decisivo para o voto quanto mais informado for o eleitor.
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